Não deixem o natal morrer

Dê-se de presente um natal feliz. Honre Cristo

Vejo muitos se lamentando e se perguntando onde está a magia do natal. Muitos se dizem desanimados. Abatidos com as adversidades, com a crise, com os problemas.

Muitos falam da falta de sentindo de arrumar-se e ficar em casa.

Muitos idealizam o natal da infância, que seria maior, melhor e com significado.

De fato, no ano de 2017, em que escrevo esse texto, o mundo desaba em insignificâncias e contrastes. Parece que ouvimos em vozes e atos o mundo cantando "Deus está morto". E parece que as coisas tendem a piorar, e muito. Pois tudo o que se planta, se colhe. É a lei da semeadura. Ela é irrevogável.

O mundo está plantando vento, e colhendo tempestade.

Não existe mais gratidão. Não enxergamos mais dádivas. Tudo está banal. O mundo passa rápido. Cada minuto parece desperdiçado.

Mas eu lhes digo: Não,  Deus não está morto. Deus não morre. Estamos sendo, simplesmente, arrastados pelos homens de pouca fé que resolveram desistir do mundo e de si mesmos, mergulhados em uma vida sem sabor e sem alma. Um mundo ímpio e contraditório em que o amor de Deus foi substituído pela loucura, o sofrimento e outros deuses, sejam a internet, as posses, os prazeres terrenos tão fugidios.

É geral a insatisfação e a falta de norte. E é natural do homem seguir a maioria dos homens. Esses que infelizmente, por escolha, amargam a má sorte.

Nós rompemos com nossas tradições em nome da secularização. Nós negamos os velhos costumes, os velhos hábitos que sempre nos agregaram e mantiveram unidos, em sociedade.

Renegamos nosso amor a Cristo, o subestimamos e o substituímos por amores banais.

Mas lembrem-se que tudo na vida é feito de escolhas. Tudo é livre arbítrio.

O mundo não era exatamente pior antigamente, as pessoas é que decidiram piorá-lo. E consequentemente, embarcamos nas mesmas consequências.

Mas não importa o quanto difícil estejam as coisas, pois em outras épocas, também era difícil o conforto, o alimento, o amor.

Pensemos no nascimento de Cristo.

Cristo nasceu em Belém quando seu pai tutelar se guiava para um censo onde fora chamado.. Jesus nasceu já conhecendo a falta de misericórdia.

Foi-lhe negado o conforto de uma cama, de um leito. Nasceu num presépio, humilde e solitariamente. Foi acolhido numa manjedoura, que servia de comer aos animais.

Poucos reconheceram o seu nascimento, e o adoraram.

E muito em breve, Cristo foi perseguido por Herodes, que com razão, o temia, e queria eliminá-lo. Muito cedo Jesus conheceu a maldade humana e muitas crianças morreram sacrificadas na busca por Cristo.

Mesmo assim, Jesus é o nosso Cordeiro. Ele veio como esperança. Com seu nascimento, ele nos lavou de nossos pecados.

Mesmo assim, ele foi capaz de perdoar. E de nos perdoar. Perdoar a humanidade.

E o natal significa renascermos sempre, em Cristo, mesmo diante de todas as dificuldades.

 Signifca que podemos, sim, perdoar, porque eles nos perdoou. 

Mesmo que possam haver perseguições, injustiças ou necessidades.

Para aquele que não perdoa, para aquele que se arroga de cultivar ressentimentos, eu te pergunto: Onde está a sua paz?

Chegou a época de natal, e talvez tudo não esteja indo bem. Talvez tudo esteja indo mal.

Mas o espírito, a magia do natal, não é exatamente um milagre.

É também um livre arbítrio. A capacidade de perdoar, renascer e decidir comemorar o nascimento de Cristo, por honra e gloria dele, é sua.

Essa chama deve nascer de dentro de ti, de si para si. Só assim ela transbordará ao outro. Por que se possível, é uma ótima época para comunhão.

Mas se você decidir apenas se lamentar, se entristecer. Se não deseja honrar ao senhor e sentir a alegria genuína que isso traz. Se não deseja gozar do alívio que o poder do perdão traz, saiba que você pode mudar.

Sempre é hora de mudar.

Não importa a forma como comemore. Sim, pode haver comunhão em abastança. Pode ser que você seja aquele que esta recebendo caridade. Pode ser que a caridade mesmo não tenha chegado a você. 

Não importa. A decisão é sua. De joelhos. Dê graças ao senhor. Celebre o nascimento de Cristo, com pouco ou com muito.Ou mesmo com nada.

Porque seus sentimentos podem ser cheios, podem transbordar. Isso é uma escolha. E é esse sentimento, mesmo com adversidades, que importa.

Alegre-se pelo outro, pelos que resistem.

Seja você também a resistência. E colha seu fruto.

Se você plantar a resistência, colherá a vitória. O natal está morrendo porque estamos deixando. É nossa responsabilidade cuidar de nós mesmos. É nossa responsabilidade não deixar que Deus morra em nossos corações porque ainda assim, ele existirá. Mas não estará mais perto de vocês.

Deus está com aquele que o chama.

Então clame por Jesus.Lembre-se dele.

E dele receberá a alegria, a paz e a misericórdia.

Se puder, acenda uma vela. Cante uma velha canção de natal. Ensine o que sabe aos seus filhos, aos seus netos.

Ore por Jesus.

Porque nasceu o salvador.

Não deixe o natal morrer.

Dê esse presente a si mesmo. Viva sua tradição. Sua tradição cristã. Não, o natal não é uma festa pagã(e falarei um pouco mais sobre isso no proximo capitulo).

Honre Cristo, presenteando-o com sua fé, e receba a graça dele de volta. Ore, reze, comungue. Vá a uma igreja.

Esteja, se possível, com os seus.

Viva todas as tradições natalinas que puder( todas as guloseimas, canções, arvores e enfeites, se puder os ter).

Repasse às crianças. O amor a Cristo é uma construção. É uma devoção diária.

A magia do natal é uma escolha. Você tem de deixar as portas abertas, para que Jesus entre em seu lar.

Não espere. Faça sua parte. Temos de buscar ao Senhor.