└ pink suit ┐ • MAMAMOO

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Finalmente todos estavam sentados e parcialmente calados, esperando o leilão daquele terno ser aberto. Ao meu ver, todos não se importavam tanto com a peça quanto eu, mas observei algumas silhuetas que poderiam me ser um problema. No entanto, dinheiro nunca foi algo tão difícil de chegar em minhas mãos. Com o legado da família Moon nas costas, seria um insulto perder para uns meros ganhadores de loteria. O esforço de meu pai para chegar até o topo valeria o preço de um soju em qualquer bar de esquina. Anos de conquistas valeriam nada.

Além do fato de Yongsun estar me esperando em casa. Digo, não estou aqui para comprar este terno pra mim, e sim, para minha esposa. Às vezes sinto que devo agradá-la por todas as vezes que pude sentir seu corpo contra o meu. E não vou ser modesta, eu tenho a esposa mais gostosa do mundo. Não poderia decepcioná-la assim.

Depois de minutos intermináveis com a maldita placa em mãos, o leiloeiro apareceu e se pôs atrás do púlpito muito bem trabalhado. Baboseiras sobre o terno rosa saíam da boca do homem, além de instruções básicas sobre o leilão que já estava cansada de ouvir.

- Meu nome é Shin Dong-hee, e finalmente, boa noite à todos que se encontram aqui e boa sorte. - minha maior vontade naquele momento era revirar os olhos, mas manter a classe é essencial. Quer dizer, quem se importa com o nome dele?

Vários lances já puderam ser ouvidos, todos tão baratos que até meu gato poderia pagar. Mas já que não estava com muita paciência, decidi alavancar o preço do traje de modo que ele seria meu automaticamente.

- Dois trilhões de wones. - disse com firmeza, levantando a placa com o número 19 consigo. Já poderia sentir os olhares surpresos contra minha aposta, vendo alguns rostos decepcionados.

- Vinte e cinco trilhões de wones.

Desta vez, uma das caras de surpresa foi a minha. Meus olhos procuravam o dono de toda aquela quantia, que até mesmo para mim seria um exagero. Contudo, ao ver a dona da placa, não pude conter a risada. Era apenas uma garota com um dos trajes mais ralé que meus olhos já presenciaram, segurando a placa acima de sua cabeça e sorrindo como se tudo aquilo fosse uma brincadeira. E não era a única a caçoar da situação. Risadas por todo o salão surgiram, e a garota apenas ajeitou os fios de seu cabelo longo. Seria fofo se não fosse tão engraçado.

No meio de todas as risadas, um estalo foi-se ouvido, e todo o salão parou para escutar. De repente, tudo o que se podia ver era o breu. Parecia que eu poderia agarrar a escuridão. Agora, gritos se espalhavam pelo local como fogo em um papel.

As luzes voltaram a funcionar, mas algo estava errado. O terno rosa não estava mais lá. O vidro que o continha mantia-se intacto, porém não por muito tempo. Mesas já se encontravam no chão, confundindo-se com as pessoas com as roupas de mais alta grife se estapeando como animais. Notas voavam para todos os lados, juntamente com pratos e taças cheias das bebidas mais caras. O leiloeiro quase não poderia ser visto, se escondendo atrás do púlpito. Minha primeira reação fora correr para qualquer lado seguro. A mesma garota de antes estava atrás de uma mesa, rindo incansavelmente.

Repentinamente, a menina se levantou e correu, passando por todas as pessoas e até pelo púlpito, sumindo atrás de cortinas. Senti que deveria a seguir, então o fiz. Garotos e garotas, vestidos como garçons, corriam na direção contrária. Aos poucos acabei por perder a silhueta dela, no meio de tantos funcionários desesperados. Apenas continuei correndo e seguindo em frente, acabando em lugar nenhum. Me parecia ser um corredor circular, até que quatro sombras me chamaram a atenção, correndo num outro corredor, paralelo ao que me encontrava.