Guardiões (Em Revisão)

Capítulo 7 - Efeito Colateral

No dia após a minha marca, acordei com uma grande queimação em todo o meu corpo, e uma forte dor nas costas.

Fui acordando devagar, e tentando assimilar tudo o que havia ocorrido noite passada, só o que me confundiu foi tudo estar totalmente escuro, até que ouvi uma voz...

- Aaron? Tudo bem com você?
- Patrick? Patrick é você? Por que está tudo escuro? E como eu vim parar aqui?
- Ah! Então essa foi seu efeito colateral.
- Efeito colateral? Não estou te entendendo!
- Deixa eu te explicar. Nós, guardiões temos um defeito genético, digamos assim. Sempre que somos expostos a fortes dores o nosso corpo reage de uma forma. Isso é mais comum durante a marca, mas pode acontecer outras vezes também. Eu, após a minha marca fiquei sem conseguir me mexer durante três dias, Lauren ficou surda por uma semana, Elsen sem conseguir falar durante um mês, o Scott se não me engano ficou surdo e mudo durante dezoito dias, o tempo varia de pessoa para pessoa. O restante de nós eu não sei quais foram os deles, só os de quem eu sou mais próximo. Mas cego!? Você é o primeiro a quem vejo ter cegueira como efeito colateral. Espero que não dure por muito tempo.
- Mas agora descance, o quanto mais descansado você estiver mais rápido se recuperará.

Patrick estava falando comigo quando ouço passos.

- Quem está aí?
- Aaron, sou eu Elsen, está tudo bem?

Patrick fala:

- Senhor, o efeito colateral dele infelizmente foi cegueira. Ele ainda está muito confuso, peço que deixe-o descansar.
- Tudo bem Patrick, só um instante.
- Então Aaron, cegueira não é mesmo! O único a quem vi ter cegueira como efeito colateral foi seu pai. Afinal, vocês são mais parecidos do que imaginei...
- Meu pai!? Você o conhecia?
- Sim, sim o conhecia, ele também era um guardião como nós, mas não da sua mesma linhagem, infelizmente a linhagem dele não foi uma a que rendeu bons frutos.
- O que? como assim? Pelo que eu me lembro meu pai sempre foi um homem bom!
- Juntamente com os mundanos sim. Mas com os guardiões não.
- Pode me contar o que aconteceu?
...

Nós estávamos em uma missão em Bangladesh, em 1985 aproximadamente para a proteção da terceira relíquia,e última a se perder. O relógio de Asserah. Estava notando há algum tempo que ele estava diferente, mas não dei muita importância, ele havia se separado de sua mãe havia pouco tempo. Então emocionalmente ele estava abalado.
Estávamos na porta principal do salão protetivo até que houve um apagão. Ouvi alguns passos até que a luz se restabeleceu. Havia uma mulher em minha frente que aparentava ter uns trinta e sete anos, era alta, tinha o cabelo longo e escuro, olhos negros como as trevas, e pele branca como a neve.
Ela era bonita não posso negar, mas quando a reconheci, o meu ódio foi tão grande como a imensidão daquela sala em que estávamos. Era Sara, a líder e fundadora dos Carlac.

- Sara, que desprazer vê-la aqui.
- Digo o mesmo docinho, mas não se preocupe, eu não vim divertir ninguém dessa vez com minhas lutas, só vim buscar mais meu novo soldado.
- Soldado?
- Tyler! Venha cá querido.
- O QUE!? TYLER! O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
- Ah Elsen! Me desculpe mas eu não aguentava mais ficar naquele esconderijo. Espero que a vida fique um pouco mais interessante agora!

Lembro apenas da imagem dele empunhando seu soco inglês. Após isso acordei no chão, e o relógio de asserah havia sumido.
...
- Então meu pai, se juntou aos Carlac? E roubou o relógio de asserah?
- Sim, isso mesmo! E só você juntamente com Lauren e Patrick podem achá-lo.

Estávamos conversando, até que um alarme estridente começa a tocar. E ouço uma pessoa correndo e gritando por Elsen. Era Lauren.

- ELSEN! INVADIRAM O ESCONDERIJO!
- O QUE?
...