Tema da redação: Violência contra a mulher. Nem titubeei.
As palavras são tão agressivas quanto a mão que esmurra ou a faca que fere. Quando dizemos a uma menininha como é o jeito certo que uma mulher direita deve se portar, estamos lhe tirando o direito de escolha. A pior das agressões.
Nós, sociedade, estamos sempre dizendo o que as boas mulheres não podem falar (palavrões), o que não podem sentir (prazer), o que não merecem receber (salários iguais), o que não podem sequer almejar (tratamento igualitário). E elas crescem, dessa forma, marginais onde são maioria. Sem ao menos exigir direitos.
Assim, perpetuamos valores que não contribuem em nada para a liberdade e o respeito ao próximo. Formamos gerações e gerações de homens e mulheres sexistas. Pessoas que avaliam como correto a submissão e a posse. Daí para a agressão física é um passo, um passo bem curto.
É bem verdade que uma legislação específica, como a Lei Maria da Penha, ameniza o sintoma, mas não trata da doença, o sexismo. Medidas educacionais tais como palestras e campanhas de valorização da figura feminina em rede nacional no horário nobre são muito mais eficientes nesse sentido.
Além disso, podemos sugerir uma legislação direcionada ao trabalho, favorecendo direitos iguais a homens e mulheres nos cuidados com os filhos. A licença maternidade, por exemplo, apesar de ser um direito, atrapalha a mulher profissional. Se os homens tivessem o mesmo direito ao afastamento, além de estreitar laços de afeto com os filhos, tornaria a ascensão profissional uma escolha mais justa.
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Por Onde Andei
Teen FictionNo quarto volume da série Nando, pela primeira vez, temos a visão simultânea dos dois protagonistas: Bruna e Carlos Eduardo. Ela, atriz desde menina, não está acostumada a confiar nas pessoas. Resolve os seus problemas a sua maneira, nem sempre acer...