Todo ano é a mesma coisa.
Todo o ano, minha mãe faz uma super ceia de natal e faz questão de convidar a vizinhança inteira. Passa o dia inteiro na cozinha, fazendo doces, a janta e o caralho todo. Não sei quando ela vai parar com isso, acho que nunca, porque todo o ano meio que essa ceia é um sucesso e as pessoas fazem questão de voltar, que ótimo. Eu odeio socializar.
Ah, prazer, sou Park Jimin, mais conhecido como O Menino Estranho Que Fica No Canto da Sala Para Não Conversar.
— Filho, e aqueles biscoitos que eu pedi pra você fazer? — Gritou minha mãe do outro lado da casa.
— Já estão prontos. — Berrei de volta. — Sério, porque você pediu justo para eu fazer isso?
— Para de reclamar e vai lavar a porra da louça. — E é assim, crianças, que se trata seu filho. Sem contestar, fui voando para a pia.
Mas esse ano eu tive sorte. Nossa vizinha resolveu trazer o filho dela. O filho gostoso dela, Jeon Jungkook. Ele é o cara mais cobiçado do colégio, apesar do jeito bobão e criança dele. Sério, ele é uma uva. Mas claro, eu sou Park Jimin, não vou falar com ele pois sou o perdedor nerd esquecido do colégio; sou do lado zero a esquerda da força. Pelo o que minha mãe e a vizinha sempre dizem, éramos muito amigos quando pequenos, sempre brincávamos no jardim e andávamos juntos no prézinho. Um lindo casal, admito.
A grande noite chegou, e um monte de pessoas que eu nem conheço começaram a entrar na casa. Se pá, tem gente que só tá entrando pra causar e comer de graça, idiotas. Uma, duas horas e nada da vizinha e seu filho, e já começava a pensar que eles não viriam. Mas eis que os céus resolvem esquecer dos meus pecados, e o ser humano mais lindo do mundo passa pela porta da minha casa com todo o seu brilho e gostosura. O que eu fiz? Fiquei totalmente estático, parecendo um idiota. Ah, espera aí, eu sou idiota. Nem percebi que eles tentavam me cumprimentar.
— Jimin? — A mãe de Jungkook me chamava diversas vezes, e só fui acordar do transe quando ela repetiu meu nome pela décima vez.
— Ah! Hyokook Nonna! — De um modo desajeitado me curvei em sinal de respeito, e ela devolveu a ação juntamente com, aaaaah~, Jungkook. — É bom vê-la novamente.
— Também é bom vê-lo, Jimin! — Os olhos da mais velha procurava por minha mãe, tava mais que óbvio. — Onde está a Sunhee?
— Provável na cozinha. — E em menos de um segundo, Hyokook já estava tagarelando com Park Sunhee no meio da cozinha. — Pelo amor de Deus, não vou entender essas mulheres.
— Oi também, Jimin Hyung — A voz um tanto rouca do Jeon ecoava pela minha mente, deixando-me totalmente extasiado.
— O-oi Jungkook-ah. — Ele estava sorrindo. Porra. Que sorriso maravilhoso.
— E preciso muito ir ao banheiro, onde fica? — Tombou a cabeça para o lado, como uma criança. Ato tão inocente.
— Lá em cima. — Fiz um pequeno gesto com os dedos, apontando para o alto. Se ele não entender isso deve ser muito burro.
— Hyung, já viu o tamanho da sua casa? Me leva até lá, por favor. — Creio que, a partir daí, seus atos eram todos com apenas um intuito: Me provocar.
— Tá, tá. Como quiser. — E, como não sou nenhum retardado mal-educado, aceitei lhe ajudar.
Foquei em ir na frente, sem olhar para trás, vai que ele tá olhando pra mim e daí eu olho pra ele e fica um clima ruim. Nem pensar Jão, longe de mim. E, de fato, minha casa era bem grande, a sala bem espaçosa, quartos grandes e a escada maior ainda. Eu sentia minhas bochechas quentes e meu corpo fervendo como o inferno, mas, é impossível! Por que raios eu estava sentindo isso? Tá, Jungkook é muito gostoso e bonito, mas não é como se eu fosse um satiromaníaco.
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Noite Feliz ||Jikook||
Romance|| Jikook || +18 || PWP || Natal || Jimin!bottom || Jungkook!top || Também postada do Spirit Era só mais uma ceia de natal como as outras: Minha avó rezando e agradecendo a Deus pela comida, minha mãe tagarelando com minhas tias e a vizinha marcando...