CAPÍTULO 29

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                        Molly sentiu um frio na barriga quando ela viu a Bentley estacionar na porta de sua casa. Dessa vez foi um frio diferente, não era nada semelhante a borboletas no estômago ou antecipação.

Era a sensação de estar cometendo um erro.

- Você atende. – disse indo até Scarlett. – Diga que eu estou com apendicite. Eu não quero ir mais.

Scarlett arregalou os olhos ao mesmo tempo que a campainha tocou. Molly sentia que estava a ponto de chorar. Ela não queria passar o Ano Novo com Sam e estranhos.

- Molly, é tarde demais. – disse Scarlett com pesar. – O rapaz percorreu um trajeto de uma hora só para buscá-la. Tenha consideração.

- Eu tenho. – Molly mordeu o lábio inferior, brincando com a barra do vestido. – Mas eu não consigo, mãe. Não sei o que estava pensando, eu devia ter dito não desde o início.

- Molly... – Scarlett se levantou e colocou as mãos em seus ombros. – É só uma festa. Vai com ele, entrega o presente e se a festa estiver um saco, se estiver insuportável, eu largo tudo e vou te pegar ok?

A campainha tocou de novo e Scarlett estava achando que Molly iria desmaiar a qualquer instante. Ela esfregou as costas de sua filha, entregou o embrulho de presente e acompanhou Molly até a porta.

Assim que elas abriram, Sam estava lá de branco da cabeça aos pés, assim como tinha instruído Molly para se vestir. Ele tinha um sorriso agradável, boa aparência e seus olhos se iluminaram quando ele viu Molly.

- Molly Therese, olhe só pra você! É a criatura mais formidável que já andou pela Terra. – ele disse com um tom dramático exagerado.

Scarlett queria cair na gargalhada, mas se impediu.

- Oi... – Molly disse sem graça, colocando os fios soltos de seu rabo atrás da orelha.

- Srta. Hammond, eu vou cuidar bem da sua filha. – disse Sam agora se voltando para Scarlett. – E eu a trarei de volta em segurança, é claro.

- Eu tenho certeza que sim, Sam. – disse Scarlett sorrindo.

Foi então que Sam pareceu perceber um detalhe: Scarlett estava usando o casaco de couro marrom que ele tinha comprado para Molly. As duas garotas Hammond engoliram em seco e riram nervosamente.

- Nós dividimos tudo. – Molly explicou.

- Sim, até o namorado. – Scarlett disse piscando.

Sam riu, mas nem de longe ficou vermelho. Ele pareceu satisfeito que Scarlett tivesse o 'aprovado' e que tivesse se referido a ele daquela maneira.

Molly ainda estava suando frio, apesar da estola de pelo fake que estava sobre seus ombros. Seu vestido era quentinho, mas o Ano Novo parecia ainda mais gelado que nos últimos anos.

- Você não quis se juntar a nós? – Sam perguntou enquanto conduzia Molly para o carro. – Eu disse para a Molly que o convite se estendia a você.

- Ah, eu já tinha feito planos. – Scarlett disse com um sorriso amarelo.

- Bem, tudo bem então. – Sam disse resignadamente. – Em uma futura oportunidade, Srta. Hammond.

- Me chama de Scarlett, Sam. É melhor.

- Tudo bem, Scarlett. – Sam parecia ter ganhado na loteria agora. – Boa noite e dirija com cuidado.

WIN SOME, LOSE SOMEOnde histórias criam vida. Descubra agora