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Costa da Irlanda, oceano Pacífico, 14 de abril de 1958

Coquetéis, bailes de caridade, festas de comemoração de pessoas importantes no magistrado. Harry fora desde pequeno acostumado por sua família a ir em lugares assim, nascido em berço de ouro e sendo filho único e legítimo de Ane e Des Styles, era importante manter sua imagem, bom, era oque seus pais diziam. Seu pai, Des, um homem de trinta e nove anos era dono de uma das maiores construtoras de apartamentos, que aliás era conhecida internacionalmente. Ele começou com um pequeno negócio deixado pelo avô de Harry, teve sucesso e chegou até a ser considerado um dos empresários mais jovens na sua época. Des era uma fábrica de dinheiro, se quisesse poderia secar as lágrimas de um choro compulsivo com várias notas de cem dólares.

Agora, lá estava Harry, dentro de sua luxuosa suite no Kingdom England, navio pertencente a Dolg Hugnberd, que estava dando mais uma de suas festas, dessa vez para comemorar o casamento de sua filha mais nova. Então nos perguntamos, porque o garoto de cachos não está lá? Simples. Harry era só mais um garoto comum de dezenove anos, que no momento preferia mim vezes estar em uma festa com seus amigos do que estar alí. Como não teve escolha, foi arrastado pelos pais, e agora estava alí, porém decidiu não ir na festa só por birra, uma atitude infantil talvez, mas aquele quarto enorme e vazio parecia bem mais confortável do que o convés lotado e cheirando a bebidas caras.

Afundou sua cabeça no travesseiro branco de plumas de ganso enquanto grunhia audivelmente ao ouvir a porta bater, resolveu fingir que estava dormindo para ver se a pessoa que batia na porta ia embora, mas não parou. Deixou escapar um pequeno suspiro enquanto levantava e ia em direção a porta de madeira na cor branca do quarto, girou a maçaneta e abriu a porta dando de cara com sua mãe.

Estava pronto para fechar a porta novamente, pensou que fosse mais um pedido de sua mãe para que ele fosse se juntar a ela, porém ele claramente não iria. Mas quando estava para fechar a porta, uma mão o impediu. A mão de sua mãe.

-Filho eu juro que essa é a última vez..pode vir comigo ao convés? Seu pai está conversando com mais um daqueles sócios idiotas que ele encontra em cada festa que vai, e eu não quero ficar sozinha. Se for comigo, deixo você ir na festa que você tanto quer ir, e de bônus não conto a seu pai.

No mesmo instante os olhos esmeralda do garoto de arregalaram levemente ao ouvir as palavras da mãe, a festa que ele queria ir era no subúrbio de Londres, na parte mais pobre e perigosa. Acabou por dar uma risadinha ao achar que sua mãe estava brincando, mas ao olhar seu rosto ele percebeu que não, não era brincadeira.

-Mas você disse..

-Esqueça oque eu disse

Foi a última coisa que ele ouviu de sua mãe.

No segundo seguinte quando menos percebeu já estava atravessando a porta rumo ao convés, sua mãe estava estranha, quase como sonâmbula ou até mesmo sem noção dos seus atos. Talvez tivesse sido a bebida, ou algo do gênero, as vezes alguns champanhes mais caros contém bastante álcool.

Porém ao chegar ao convés, ele achou que talvez todo mundo naquele lugar havia bebido demais. Pessoas corriam de um lado para o outro totalmente desesperadas, se molhando com a fina garoa que caia dos céus. Ao se virar para perguntar a sua mãe oque estava acontecendo não a encontrou, foi só quando deu um giro de 360 graus sobre o local que viu sua mãe se jogar do parapeito do navio diretamente para o mar. Seus olhos se arregalaram enquanto ele dava passos para trás, ele olhava em volta vendo as outras pessoas fazendo a mesma coisa, confuso com tudo oque estava havendo ele procurava entender alguma coisa.

O mundo havia ficado louco? Talvez.

Foi quando ele prestou atenção, ao fundo ele conseguiu ouvir uma leve melodia, quase como pessoas cantando. Seus pés automaticamente se viraram em direção ao parapeito do navio, a fim de escutar mais daquela tão maravilhosa canção.

the tritonOnde histórias criam vida. Descubra agora