Tenerife Sea

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Eu sou bem idiota às vezes.

Quer dizer, um pouco idiota na maioria dos tempo fazendo marotagem e aprontando com meus amigos… Mas ela me deixa mais idiota que o normal.

Eu nunca sei como agir quando eu estou perto de Dominique Weasley.

Nunca sei o que dizer, ou como devo deixar meus braços largado ao lado do corpo, ou como devo parecer um mané quando ela senta do meu lado.

Só um sorriso dela basta para me desmontar de um jeito… eu não sei explicar! Ela… ela é fantástica e caramba! Nenhuma outra garota me deixou assim antes.

Era Natal e estávamos na casa da vovó Molly, nossa família resolveram que era uma boa hora para nos reunirmos e… eu gostei da idéia pela primeira vez naquela noite quando vi Dominique descendo as escadas aos risos com nossa prima Rose e sua irmã Victoire.

Eu amava o modo em que o cabelo ruivo dela caía pelo ombro e costas. Era enfeitiçado por ela, desde o jeito encantador em que ela caminhava até as covinhas do sorriso. Ela me viu e tive a certeza que as pessoas em nossa volta sumiram. Só era eu e ela. Numa sala cheia de gente.

Teria esquecido como se respira se não fosse tão automático.

De repente, estava me perguntando como eu estava ridículo com a gravata presa em meu pescoço, que minha mãe havia me forçado a usar. Não me importava se nossos parentes iriam fazer comentários sobre nosso relacionamento. Nós nunca tínhamos falado nada pra ninguém, mas tem vezes que não dá pra disfarçar olhares… principalmente quando se trata de mães. Elas parecem que sempre sabem de tudo!

Assim que Dominique se aproximou o bastante, não pude deixar de falar:

— Você está maravilhosa nesse vestido.

Dominique sorriu de lado e ergueu uma sobrancelha. Pelas barbas de Merlin! Eu amava quando ela fazia isso.

— Só nesse vestido? — perguntou maliciosa.

Segurei em sua cintura e a trouxe delicadamente para mais perto, e sussurrei em seu ouvido:

— Sem roupa alguma também, devo acrescentar.

Ela riu. Uma risada gostosa, na qual, eu ouviria a noite inteira se fosse possível.

— Você ficaria bem melhor sem essa gravata também. — rebateu ela, pegando o copo de uísque que tinha em minha mão direita e bebendo o resto do líquido. Voltou a me entregar o copo vazio e se afastou, indo para a cozinha. Descansei o copo na mesa do centro e fui atrás dela, afrouxando a gravata e a retirando em seguida, ignorando o olhar severo da minha mãe.

Sabia onde ela estava indo. E acertei. Ela passou pela porta dos fundos e andou até a cerca do quintal, ficando de costas para a casa. Foi onde eu a beijei pela primeira.

Estava um pouco mais escuro, mas havia luzes de Natal espalhadas pela cerca e em uma árvore próxima. Estava silencioso ali, já que os primos chatos e pequenos estavam brincando dentro de casa. Me encostei na cerca ao lado dela e a olhei: estava pensativa. Preocupada, talvez.

Não falamos disso desde que ela comentou, mas a mãe dela, Fleur, queria mandar Dominique pra França no começo do novo ano e ela iria estudar por lá. Por quanto tempo? Não sabíamos. Ela iria voltar nas férias? Também não sabíamos. A ruivinha não deu resposta, me fazendo pensar que queria mesmo ir… Mas porque não disse que iria imediatamente?

— Jay… — começou Dominique virando o corpo para mim, com a cabeça baixa.

— Dominique. — interrompi ela. Ela ergueu a cabeça e me encarou. As luzes faziam destacar ainda mais o azul de seus olhos, me fazendo comparar com a beleza do mar Tenerife, na Espanha. — Caso essa seja a última vez que vamos nos ver, quero que saiba que é o suficiente pra mim porque você é tudo o que eu sempre precisei.

Quase nem acreditei que aquilo saiu dos meus lábios, mas não tão surpreso, pois era a verdade.

Os olhos dela brilharam e seus braços enlaçaram meu pescoço, e pelo visto foi o melhor momento da noite quando nossos lábios se juntaram em um beijo ardente.

Não me importava com meu tio, Bill, que estava nos espiando pela janela do primeiro andar ou com os berros da nossa avó, que vieram em seguida ao ver a cena.

Eu estava apaixonado.

Me surpreenderia se você conhecesse minha Dominique e não se apaixonasse também. Afinal, ela é única.

Poderia falar do quanto sou sortudo por ter ela ao meu lado, mas isso é assunto para outra fanfic. Vamos deixar essa como está e fingir que o sermão que levamos depois de sermos pegos nos beijando não aconteceu…

Nessa, vamos falar do quanto estou apaixonado por Dominique Weasley...

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Tenerife Sea  [James Sirius x Dominique Weasley]Onde histórias criam vida. Descubra agora