Quero sentir as duas

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POV - Cosima

Sentir os lábios e as mãos  de duas mulheres tão atraentes, com mentes tão fodidamente brilhantes e sexys em meu corpo era demais para mim. Meu sexo já pulsava e estava em uma situação lastimável. A cada aperto, passada de língua ou mordida eu sentia minha calcinha umidecer mais e mais. Eu estava tomada pelo prazer e pela vontade de saciar o desejo que ambas haviam despertado em mim, mas o pingo de sanidade que ainda habitava em mim fez com que eu pensasse melhor e me manifestasse:

- Parem! - proferi. As duas pararam oque estavam fazendo e por mais que eu não pudesse ver suas expressões, já que estava vendada, eu sabia que eram pura confusão.

- Oque foi Cos? Qual o problema? - perguntou Alex.

- Não está gostando Dra. Niehaus? - indagou Delphine.

- Não é isso ... 

- Então oque é? Desembucha Niehaus - a voz de Cormier soou um pouco impaciente. 

- Eu quero muito fazer isso - disse retirando a venda dos meus olhos - Mas não aqui. Por mais que esteja acontecendo uma festa e que todos estejam absortos em diversão e bebidas, eu não me sinto confortável em fazer isso em sua sala Delphine - olhei nos olhos das mulheres a minha frente e pude notar que ambas estavam ponderando meu ponto de vista - Digo ... De maneira ética e física também. 

- Ela está certa - Alex falou diretamente para Delphine.

- Este é a única coisa que te impede de seguir com isso agora mesmo Dra. Niehaus? - me questionou - Estarmos em nosso ambiente de trabalho e sem nenhum conforto? 

- Sim ... - respondi. Eu não tinha muita certeza se era apenas isso mesmo, talvez estivesse me questionando se deveria mesmo seguir com aquilo ou sair correndo dali, mas levando em conta que já tínhamos chegado até ali e o pouco que fizeram já teve um grande efeito em mim, eu queria saber até onde poderíamos ir - Somente isso.

- Certo - Delphine pegou seu celular e digitou algumas coisas nele e o aguardou novamente, aonde eu não sei, pois aquela roupa não parecia ter bolsos - Meu motorista nos espera na portaria do Dyad.

- Você tem um motorista? - perguntamos, Alex e eu, em uníssono claramente surpresas com aquela revelação. "Para de ser ridícula é claro que ela tem motorista", não consegui conter meus pensamentos.

- Sim, tenho, mas só o aciono quando é realmente necessário e como vim para uma festa não seria nada prudente dirigir depois de beber, mesmo que uma pouca quantidade de álcool.

- Linda e responsável ...  - provocou Alex. 

A olhei com um olhar que nem eu mesma consegui decifrar e vi um sorriso largo brotar em seus lábios. Delphine nada disse, apenas a fitou com um olhar flamejante e um sorriso presunçoso no rosto. Na hora entendi que ela dissera, mesmo sem palavras, que não conhecíamos nada a seu respeito, o que era verdade. 

- Vamos? - ainda com o sorriso no rosto perguntou. Alex e eu assentimos com a cabeça e ela nos deu passagem para sairmos de sua sala - Não lembro de termos deixado você retirar a venda de seus olhos Dra. Niehaus! - sussurrou quando passei por ela. "Puta merda! Essa mulher vai acabar me matando".

Delphine colocou a venda em meus olhos novamente e senti as mãos de Alex envolver as minhas para me guiar até nosso destino. 

Meus pensamentos e lembranças de poucos minutos atrás me fizeram perder totalmente a noção e andar praticamente no automático. Só me dei conta de já estávamos no saguão do Dyad qua do senti o gelado das catracas em minha cintura. Depois de mais alguns passos e ouvir a porta de entrada do Instituto ser aberta e fechada logo em seguida paramos.

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