A vela está quase no fim, reduzida a poucos centímetros, indicando que estará acesa a noite inteira, sua chama fraca ilumina um rosto com expressões fortes, preocupado, mas é um rosto peculiar... diferente, não-humano. Apresentando dentes inferiores avantajados escapando de seus lábios, sua pele tem uma cor esverdeada sob a luz da vela, olhos tão negros quantos seus cabelos trançados e cumpridos, um corpo robusto, cheio de músculos, com algumas cicatrizes em tons de roxo enfeitando sua pele aqui e ali, ele era alto, até para sua espécie, por volta dos 2,80 metros. Passara a noite inteira sob a luz da vela escrevendo uma carta endereçada ao seu líder, com essa mesma expressão preocupada no rosto, pensando de que forma ele colocaria a situação atual em palavras de uma forma que demonstrasse a sua gravidade e urgência.
Quando finalmente termina de escrever a carta, ouve um estrondo muito forte nas redondezas, desprendendo poeira do teto, com seus grãos sendo iluminados ao passar pela vela, o coração do ser não-humano dispara e ele sente uma carga de adrenalina se espalhando por seu corpo. Tudo acontece em um piscar de olhos, uma figura, mais escura que a própria escuridão da noite lá fora, entra pela janela com um grande estrondo, derrubando a mesa em que a carta estava.
- Não é possível, um de vocês? Dentro da barreira!?! – Grita o homem verde enquanto levanta de sua cadeira em um pulo, e corre em direção a porta.
Mas já é tarde demais, a figura negra perfura seu abdômen e o derruba no chão. Ele cai de bruços e encara a face da morte. – Maldito... preciso avisa-los... – E ele engasga em seu próprio sangue, percebendo que não vai durar muito mais tempo, ele sente um calafrio profundo indo até sua alma... Medo, não medo da morte, Orks não sentem isso, na verdade uma desuas maiores honras é morrer pelas mãos de um inimigo digno de carregar seu sangue em suas mãos; Ele tem medo... de morrer em vão, sem avisar a "ele", pois sabe que se não avisa-lo, o mundo conhecido terá o seu fim.
-Et... extendam manum – Ele sussurra com dificuldade enquanto sente sua vida se esvair – meam ad... vitam – A carta embaixo dos escombros começa a emitir um brilho pálido e flutua para perto dele – et serviemus... TIBI!!! – Então a carta começa a se fundir com o sangue verde no chão, e absorve o pouco que ainda permanece dentro do Ork, matando-o, mas ele não parece triste, na verdade pode se perceber finalmente sua expressão preocupada se afrouxar, dando lugar a uma cara aliviada. A carta começa a tremer e estalar, tomando uma forma diferente, o sangue do Ork se converte em ossos, depois músculos, pele, e penas formando uma pequena ave verde, com um chifre no meio da testa. A ave então rapidamente levanta voo, saindo pelo buraco que a figura negra fez ao entrar pela janela.
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Fala ai galerinha ^^
Esse é o primeiro livro que escrevo então ficaria muito agradecido em saber a opinião de vocês, o que tão achando e se tão curtindo da aquele voto maroto >~<
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O Clã do Luar
FantasyQuando finalmente conseguiu terminar o inferno de uma vida escolar repleta de bullying, Stella estava vibrando de alegria para ter um novo começo em uma faculdade bem distante dali, mas infelizmente ocorre um acidente no meio do trajeto e seu carro...