let me know, mike; único

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oi, se ta procurando fluffy é aqui mesmo risos

•° + °•

Byers parara de andar de um lado pro outro em seu quarto, abaixou a sua música favorita que tocava em um som um tanto alto, ouvindo a voz de Joyce.

—Filho, eu e Jonathan já vamos sair. Tem certeza de que não quer ir junto? —Perguntara a mulher, com a voz doce. Will apenas acentiu com a cabeça, sentindo um beijo ser dado em sua testa. —Tranque a porta, ok?

—Mas eu chamei o Mike, mãe. Ele vai vir dormir aqui lembra?

—Verdade... Então tranque a porta e só abre quando ele chegar. Se você desligar a música vai ouvi-lo chamando. E depois tranque a porta de novo.

E enfim, Will acompanhou a mãe e o irmão até a porta, trancando-a assim que saíram. A música já havia parado e agora só restava o som da televisão e de sua respiração. Sentou-se no sofá, tentando prestar atenção no filme idiota que estava passando, mas só tentando mesmo, já que sua mente sempre ia parar no mesmo assunto: o garoto bonito de cabelos cacheadinhos e sardas no rosto, Michael Wheeler.

[...]

Mike já havia chegado e agora os dois garotos encontravam-se no sofá, o mais alto com um controle remoto -extremamente grande e quadrado, até para a época- na mão e o menor com um pote de sorvete no colo, com duas colheres dentro deste. Wheeler procurava um filme bom na TV para os dois verem até ouvir a voz do outro o chamar, fazendo assim, ele o encarar.

—O que foi? —Disse ao pequeno.

Byers pareceu se perder na imagem do maior passando a mão nos cabelos –nem tanto– grandes os arrumando. Era incrível como Michael havia crescido tanto em pouco tempo e William continuava com mesma altura, com o cabelo liso de sempre, nem sua voz engrossou um pouco. Will voltou a realidade com os dedos de Mike na frente de seus olhos, estalando-os.

—Desculpe. —Disse baixinho e respirou fundo, pensando no que diria a seguir. —M-mike, você se lembra de quando disse que... Ter pedido a minha amizade no dia em que nos conhecemos foi a melhor coisa que já fez?

—Lembro... —Proferiu, com o cenho franzido, pegando uma colherada daquele sorvete.

—V-você... Realmente acha isso? —Questionou, deixando o pote de sorvete na mesinha central, tudo para ter um motivo para não fazer contato visual com Michael enquanto perguntava, se sentiria mais nervoso ainda.

—O que? —O tom fora "forte" mas nos lábios de Mike haviam um sorriso. —Sim, Will. Eu fui sincero, uh? —Desta vez o tom foi afável. As mãos acariciaram o cabelo castanho do menor, deixando um cafuné alí.

—Ter a minha amizade foi melhor do que conhecer a El? —William deixou escapar, tendo as bochechas extremamente rubras e os olhos arregalados.

Michael riu soprado, vendo o rosto do menor rosar-se. Achava tão fofo o lado envergonhado de Byers. Observou cada detalhe deste; os cílios grandes, olhos castanhos e brilhantes, a pele super pálida, as pintinhas que tinha. Tudo. Mas, o que sobressaiu foram os lábios rosadinhos, Wheeler imaginou como seria senti-los contra os seus e aproximou seu rostos, sem nem mesmo perceber. Parou o carinho que fazia nos cabelos do mais baixo, arrumando-os, deixando de forma que não caíssem em seus olhinhos. E depois, a mão pousou sobre o queixo do outro, e as testas juntaram-se. Os narizes se encostando e as respirações se misturando.

—Will... —Sussurou Mike, com os lábios roçando nos do baixinho, que tinha o coração acelerado.

Michael não sabia como responder a pergunta que Will fizera, estava confuso. Precisava ter certeza do que realmente sentia. Então fez.

Estavam com as bocas seladas e os olhos fechados. Tentavam apenas curtir o momento, eram inocentes. Para eles, naquele pequeno tempo, não existia mais nenhum ser que pudesse os destruir, nada os faria mal. Will mesmo que totalmente inexperiente, sabia que precisava de mais, Mike percebeu, sendo assim, pedindo passagem com a língua, que foi cedido.

E Byers finalmente tomou coragem de tocar Mike pela primeira vez na noite, movendo as mãozinhas até os fios de cabelo da nuca dele. Já as mãos do Wheeler, foram parar na cintura fina do menor, aproximando mais os corpos. O beijo tinha gosto do sorvete de morango. Tudo era doce, sem maldade nenhuma, apenas duas crianças e sentimentos fodidamente confusos crescendo dentro delas.

Se William Byers soubesse que acabaria tendo seu primeiro beijo com Michael Wheeler, seu "melhor amigo" desde sempre, no sofá da sala, por causa de algumas perguntas, ele havia feito tudo isso bem antes.

•° + °•

beijo na boca, viado

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⏰ Última atualização: Jan 07, 2018 ⏰

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