My kind of girl

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CAMILLE

— Vamos Laura -grito e ela vem rápido com duas malas de mão.

— Calma, to aqui. — coloco as malas no táxi e seguimos para o aeroporto.

— Não sai de perto de mim, se você se perder eu te mato e seus pais me matam depois, você tem autorização dos seus pais para viajar comigo, então não surta. — ela respira fundo e coloca um boné meu que tinha em mãos.

— Okay, não vou me perder. — a olho séria e ela ri.

— Prometo que não vou me perder, vou andar perto de você. — diz ela.

— Meu deus, por que escolhi uma criança para viajar comigo? Ainda por cima uma criança idiota que se perde fácil. — digo e ela ri com a brincadeira.

Descemos no aeroporto e paguei o táxi, ficamos na fila de despacho das bagagens e seguimos para o portão de embarque, eu com uma mochila e ela com uma bolsa, entramos e sentamos em nossos lugares, nunca fui muito fã de aviões, me senti na janela e ela ao meu lado e logo em seguida um cara de uns 35 anos sentou ao lado de Laura e então o avião decolou.

Eu dormi por um tempo enquanto Laura lia algum livro, acordei para comer e logo voltei a dormir.

Procurei não me matar durante o voo já que nunca chegávamos em Miami, olhei para Laura e ela ainda lia aquele livro com a maior tranquilidade possível enquanto eu estava surtado no meu espaço minúsculo.

— Você está bem? — pergunta ela segurando minha mão.

— Claro, não podia estar melhor. — digo ironicamente.

— Não consegue mais dormir? — ela fecha o livro e levanta o apoio de braço que nos separava.

— Não. — a abraço e ela se acomoda em meu colo.

— Falta 1h, conversa comigo então. — a observo e por alguns segundos nós conversamos por troca de olhares.

— Amo você. — diz ela, fazendo eu me abaixar um pouco e a beijar.

— Com licença posso perguntar uma coisa? — olho para o cara com raiva dele ter estragado meu momento.

— Já interrompeu mesmo. — digo com raiva.

— Não precisa ser grossa. — Laura bate no meu braço.

— Você é a 01 Hunter? — puta merda, eu vou me matar agora.

— Não. — ele me olha confuso e Laura faz o mesmo.

— Desculpe por eu ter me enganado. — diz ele, ele volta a ouvir a música dele e a ler a revista dele.

— Se eu soubesse que era tão fácil assim negar, devia ter feito isso há muito tempo. — brinco e Laura sorri.

— Sabe o que é fofo? — pergunta ela me olhando.

— Não.

— Você brava. — começo a fazer bico e ela ri.

— Você faz bico, bem desse jeito mesmo, é muito fofo, porque é a única vez em que posso ver você fazendo biquinho. — ela segura meu rosto fazendo eu fazer biquinho e me beija.

— Queria poder te namorar um pouco. — sussurro no ouvido dela.

— Estamos em um avião, espera a gente chegar. Desde quando você tem vontade de ficar agarrada em mim? — ela devolve o sussurro em meu ouvido e eu arrepio.

— Não sei. — beijei o pescoço dela e ela deitou em meu colo novamente.

— Sei que é raro, mas amo quando você é carinhosa comigo. — começo a fazer cafuné nela e ela sorri.

I Depois do último jogo (português BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora