PERGUNTAS

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  Aquilo nao fazia sentido algum, eu nunca havia visto aquele homen antes, como pode ele me conhecer? Seria ele uma das pessoas que estavam me perseguindo? Neste caso eu precisaria sair dali urgentemente, eu me levantei da cama rapidamente na tentativa de sair daquele lugar, mas havia esquecido a respeito de minha perna que então falhou e eu cai.

- Não se preocupe, eu não vou te machucar- ele disse num tom gentil, me estendendo sua mão.

Não sabia bem porque, mas senti que podia confiar nele, ele me ajudou a subir novamente para a cama.

-Está doendo muito?- ele perguntou.

Eu fiz que sim com a cabeça, ele tocou levemente com sua mão em minha perna, em seguida pegou o copo de chá sobre a cômoda e me entregou.

-Beba isso, te fará se sentir melhor.- ele disse fazendo um carinho em minha cabeça.

Eu peguei o copo, ele estava quente, o chá tinha um cheiro suave, como o de uma flor, o gosto era doce, quase viciante, eu o tomei rapidamente.

-Agora descance, se sentirá melhor quando acordar- ele disse se levantando e indo em direção a porta.

Não era como se eu quisesse dormir ou algo do tipo, mas me sentia sonolenta, talvez fosse efeito do chá. Eu me deitei sobre minha cama e então novamente adormeci.

Quando acordei, senti minha barriga roncar forte, mas minha perna ja nao doía mais, seria efeito do chá? Eu me levantei e sai do meu quarto, me deparei com um pequeno corredor, para uma casa de madeira ela era bem grande, conseguia ouvir o barulho de pássaros e segui o som, a medida que andava sentia um cheiro delicioso de comida, quando percebi estava na cozinha, o homem que havia me salvado estava encostado na batente da porta olhando para fora, parecia pensativo.

-Olá-eu disse trazendo sua atenção para mim.

-Achei que não fosse mais acordar- ele disse virando-se em minha direção.

-Por que diz isso?- perguntei confusa.

-Você dormiu durante seis longos dias- ele diz num tom monótono.

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele acena para que eu vá até a mesa.

-Vejo que sua perna não está mais doendo- ele diz servindo-me um prato de comida.

-Sim, me sinto muito melhor agora- respondo dando um pequeno sorriso.

Um silêncio fica entre a gente, apesar de ele ter salvado minha vida,eu ainda não sei absolutamente nada a seu respeito.

-Você ainda não me disse seu nome- eu falo quebrando o silêncio.

-Logo você vai saber, não tenha tanta pressa, eu sei que você tem muitas perguntas e eu logo as responderei....no seu devido tempo- ele responde.

Que saco, isso não esta ajudando, ele encara a porta como se esperasse que algo passasse por ela, como se esperasse alguém, antes que eu pudesse perguntar mais alguma coisa surgem alguns barulhos de  passos vindo do lado de fora da casa e uma mulher surge em frente a porta, ela era alta, usava um vestido preto simples e tinha cabelos vermelhos como fogo.

-Querido, cheguei- ela disse abrindo um grande sorriso.

Ele se levanta e vai em direção até ela, lhe da um forte abraço e um breve beijo. Em seguida ela olha para mim, me deixando um pouco desconfortável.

-Olá Alana, como vai?- ela pergunta alegremente.








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