Meu Amigo Imaginário ou Não? (Conto)

Campo das Borboletas

Era uma dia qualquer no Sovaco da Cobra, um dia ensolarado, onde não se via muita gente na rua e onde não acontecia muita coisa, mas naquele dia aconteceu.

Bruce como de costume estava brincando em seu quarto com seu amigo imaginário.

Bruce era um garoto de 8 anos que por sinal não tinha muitos amigos, mas para que amigos quando já se tem um amigo imaginário? pensava Bruce.

- Eu também quero brincar com o seu carrinho - falou Jim, que por acaso era o nome de seu amigo imaginário.

- Mas só tem um!

- Mas eu também quero brincar. - disse, fazendo um gesto teatral. - Então vamos brincar de outra coisa.

- Tá bom, você quer brincar de quê?

- Hum... A gente pode pegar aquela arma do seu pai. Aquela que ele guarda em cima do armário.

Bruce naquele dia ficou surpreso com aquilo, não por seu amigo está sugerindo brincar com uma arma, mas por ele saber onde estava guardada. Bruce não sabia onde estava a arma como seu amigo imaginário podia saber?

- Não, é muito perigoso. - disse Bruce, assustado.

- Ah sim.

- Mas a gente pode brincar de outra coisa. - Comentou.

- Sim, claro. A gente pode brincar lá em cima na varanda.

- Tá bom.

E foram Bruce e Jim brincar na varanda. A escada que levava a varada não ficava muito longe do quarto de Bruce.

O parapeito da varanda era muito baixo e por isso a mãe de Bruce sempre falava para ele tomar cuidado e ficar longe de lá, o que por sua vez ele obedeceu, mas por alguma razão Bruce não ligou para isso naquele dia.

- Vamos mais perto da beirada, Bruce. - falou Jim - É sensacional e quero te mostrar uma coisa.

- Tá bom, mas vamos tomar cuidado, OK?

- Tá.

Bruce chegou mais perto da beirada.  Cair de lá poderia ser mortal, tinha em torno de 9 metros.

- Bruce - disse Jim, tentando tirar as preocupações da costa de Bruce.

- Sim? - Bruce respondeu de imediato.

- Estava quardando um segredo de você, me desculpa - Disse Jim, com uma voz doce e amável.

- Segredo? Que segredo - Bruce ficou preocupado com o comentário de Jim, bruce sempre acreditou que seu amigo sempre foi sincero, em todos os momentos, em todas as ocasiões.

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- Bruce, eu já te disse que eu sei voar?

- Não, sério? - Disse, meio eufórico

- Claro. Olha.

Jim chegou mais perto da beirada e pulo. Bruce não acreditou no que tinha acontecido e correu para a beirada, mas parou quando se   deparou com Jim flutuando como um pássaro.

- Caramba...

- Sabe de mais uma coisa? Você também sabe.

- Mentira!

- É sério. Você apenas tem que pular e pensar em alguma coisa que voa.

- Sério, mesmo? - falou, começando a esboçar um sorriso.

- Claro, porque você não tenta?

Bruce chegou mais perto do parapeito e pulou. A primeira coisa que veio em sua cabeça foi a primeira vez  que o pai de Bruce levou ele na casa nova de sua avó onde passou um fim de semana mágico, lá ele podia ser ele mesmo, o que de certa forma era o que ele sempre queria, ser livre, o mais maravilhoso naquele fim de semana foi quando ele viu uma borboleta voando no lindo jardim de sua avó para ele foi um sensação arrebatadora ele podia ver claramente em sua cabeça o Jardim todo cheio de rosas, tulipas e girassóis, um lugar colorido e estonteante e nele uma linda borboleta com asas cor de fogo voando em uma brisa suave e aconchegante de um simples dia de primavera. Mas quando Bruce deu-se por sí para a sua infelicidade ele não voou. Ele caiu. Mas antes de cair ele pode dar uma última olhada para trás e ver Jim sorrir.

World Newspaper anuncia a morre de um menino de 8 anos que morreu tragicamente, após cair de um altura de 9 metros.

Depois do assassinato de Bruce, outras mortes foram contatadas de forma parecida, levantando indícios de um serial killer.

Ainda não descobriram o que está acontecendo e como essas mortes estão ocorrendo.

Várias crianças estão falando de Jim, um amigo imaginário. Por alguma razão ele está ligado e essas mortes mistériosas.