6: Revolução?

44 4 0
                                    

Acordo, e Mari já está fazendo café, me troco, tem uma troca de roupa minha no armário por sempre fazermos trabalhos juntos, e eu acabar dormindo aqui de vez em quando.


Tomo o café dela, que por sinal é muito bom, saímos, andamos pela rua.


- Você acha que vamos conseguir isso? Nós quatro contra Edgar? Isso não vai dar certo.


- Mas...


- Você acha que não sei o que ele fez?


Vejo uma lágrima encher seu olho.


- Eu me lembro muito bem do que ele fez.


- Desculpe


Continuamos andando em silêncio para a escola, chegamos e entramos, vamos direto para a sala. O dia passa devagar, aquelas palavras ricocheteiam em minha mente. "Você acha que vamos conseguir isso? Nós quatro contra Edgar? Isso não vai dar certo.... Você acha que não sei o que ele fez?" Eu acho que devo contar tudo a ela agora.


Saímos da escola e vamos até a casa de Mari, pegamos Wolf e Pan, e vamos até o CoolBar, lá entramos.


- Tony, quem são esses?


- Martin, eu não vim para comer hoje, bom, pelo menos não agora - Mari olha confusa para mim.


Ele hesita por um instante. Mas logo nos leva até uma porta escrito frigorífico.


- Mas por que essa piadinha sem graça gente? - Marina pergunta


- Eu bem que gostaria se fosse uma piada - Martin


Entramos no frigorifico, logo ao fechar a porta e digitar o código na tranca vemos um frigorífico normal abrir a parte de trás, como um elevador, e logo a paisagem de carnes muda, ela se transformar em uma sala de comando. Aparelhos eletrônicos de vigilância por toda parte, e monitores de alta definição monitorando todo o perímetro. Mari está espantada, Wolf e Pan logo associam, e já se decidem.


- Isso.... Isso.... É a resistência! - Marina quase grita.


- Bem Garota, você sempre esteve, mas nunca soube. Tudo isso sempre foi o que seus pais me pediram. Ela faz uma expressão de surpresa.


- Como assim eles te pediram?


- Nossos pais eram a face da revolução - Digo - Isso foi mais um motivo de nós nos conhecermos.


Ela está um pouco pálida. Eu não devia ter escondido isso dela por três anos.


- Eu posso te dizer que somos bem mais de quatro - Digo


- Somos em mais de duzentos extremamente treinados, e vinte e dois em treinamento - Martin


- Pode contar com mais dois - Wolf afirma, Pan sorri atrás, até que quase beirando a loucura.


- Falta a sua opinião Marina Imabu. Você vai liderar todos à liberdade?


- Eu... - Mari hesita.


- Você precisa ver uma coisa. - Martin pega-a pela mão, e nos conduz até uma sala do recinto. Uma tela gigante começa a reproduzir um vídeo.



Vídeo



Um homem de uns trinta e cinco anos aparece na tela:


- Oi Marina, talvez alguém te chame de Mari hoje em dia.


Olho para o lado, e vejo Mari com uma lagrima em seu rosto, a abraço.


- Bem, eu gravei este vídeo para quando você estiver se juntando a resistência. Eu acho que é a coisa certa a ser feita. Eu sei que se está vendo isso, não estou aí, me desculpe pelos abraços que não te dei, e pelas briguinhas que não tivemos.


Mari está soluçando, e o Pai dela também.


- Eu quero te dizer que Edgar deve pagar pelo que fez, e Anthony estará sempre cuidando de você. E mais uma coisa, mantenha-se firme. Eu...


- Olha quem chegou! - Uma voz feminina parecida com a de Marina toma lugar.


O homem pega um bebê recém-nascido no colo e diz para a garotinha.


- Me desculpe filha, mas acho que não passo de amanhã.


- Filha, saiba que a Mamãe te ama! - A voz feminina aparece, Mari incrivelmente parece muito com ela.



***



- A luta começou um dia depois, e eles morreram como heróis do povo - Martin


- Sim... - Ouço um sussurro - Sim! - Ela grita.


Suas lágrimas molharam o chão, em que ela pisa,


- Por meus pais, e todos os outros.


- Isso é nobre, não é à toa que você é uma Imabu - Martin


- Ele disse que Tony sempre ia me proteger?


- Era minha missão, sempre estudamos nas mesmas escolas, por que Edgar poderia ir atrás de você.


- Mas por que nunca me contou?


- Eu não podia, Martin não tinha dado permissão. Mas eu não aguentei.


- Isso é um pouco fofo, mas, ainda fiquei um pouco triste. Você podia ter me contado.


- Eu... - não posso contar que fui proibido.


- A culpa é minha Mari - Martin.


- Tudo bem. Pai.


- Nós tentamos ao máximo resgatar ele. Mas o mataram.


- Eu sabia que ele tinha sido assassinado, mas líder da resistência?


- Sim, eu tento fazer um décimo do que ele fez, mas ele era incrível, tinha todos os requisitos de líder, era simpático, forte, inteligente e bom, ele tinha um bom coração. Assim como sua mãe.


- Obrigada.


Vejo lagrimas correrem pelo rosto de Mari.


- E você é igual a eles.


Ela se espanta, e para de chorar.


- Eles eram exímios espadachins, mas os pais de Tony eram ainda melhores, acho que ele puxou isso.


Eu?


- Eu me esforço, ainda não sou tão forte.


- Força não é física, pelo menos não toda ela - Marina


- Concordo - Martin


- Eu que o diga - Wolf


Viro com um riso sarcástico para Wolf.


- Assim vocês me deixam com vergonha - Digo.


Todos riem. Vamos embora.


Uma Questão de HonraOnde histórias criam vida. Descubra agora