Íris, uma mulher cheia de marcas do passado, mas nada tira a sua sede de viver. Ela cresceu em um orfanato. Nunca conheceu os seus pais. Ao completar seus dezoito anos, conseguiu a sua tão liberdade. A sua mudança foi totalmente drástica. O que ela...
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oa tarde! Começando as portagens.
Íris
Estava na sala de leitura com as minhas amiguinhas, quando ele chegou. Um sorriso apareceu na sua boca e os seus olhos estavam fixo em mim. Medo era isso que sentia quando ele aparecia. Junto com ele tinha um casal. Com certeza atrás de uma criança adotar. Eles vêm na minha direção, sinto o meu coração acelerar, mas não de felicidade e sim medo. Quando eles se aproximam baixo a minha cabeça. Não quero que o casal enxergue o que está nos meus olhos.
— Essa menina linda, se chama Íris. — Fala o diretor do orfanato.
— Olá, bonequinha. — fala a mulher.
— Levante o rosto, Íris. — Diz o diretor com uma voz mansa.
Toda vez que vem alguém querendo adotar alguém, ele muda o tom da voz. Levanto o meu rosto e coloco um sorriso falso. Assim foi ensinado para todos aqui.
A mulher leva a sua mão no seu rosto e começa a fazer carinho, a sua mão é macia e quente. Aconchego-me ainda mais na sua mão e recebo o seu carinho.
— Amor, é ela. — A mulher fala.
O meu coração acelera mais um pouco. Olho para o homem que está ao lado da mulher, ele está com um sorriso largo no rosto.
— Então vai ser ela, meu amor. O meu coração já escolheu ela. — Diz o homem.
Olho para o diretor que está com os seus olhos fixos em mim novamente e com uma cara de bravo. Não sei por que ele está assim. Quando o casal vira para ele, a sua expressão muda.
— Tem certeza que ela quer vocês querem? — Ele pergunta.
— Certeza absoluta. — Responde o casal.
— Então vamos até a minha sala para conversamos. — Diz o diretor.
Os três vãos até a direção da porta, o casal olha para trás e solta um beijo para mim, o diretor também olha, mas o seu sorriso é de vitorioso. Abaixo a minha cabeça novamente e volto a brincar com as minhas amigas e a boneca.
Acordo assustada, coço os meus olhos e fico um pouco mais com eles fechados. Não entendo o porquê de esse sonho estar voltando. Faz tato tempo que não sonhava com o orfanato e as coisas que acontecerem lá. Tento voltar a dormir, mas não consigo. Jogo o lençol para o lado e levanto da cama. Olho as horas e bufo com desgostos. É cedo, muito cedo.
Arrumo-me e saio para uma corrida na praia. Sou adepta a fazer exercícios, pois foram eles que me salvaram quando precisei e hoje não consigo largar. Todos os dias faço a minha corrida matinal, só que hoje queria ficar em casa relaxando, a semana foi bastante corrida. Termino a minha corrida e sento na beira da praia e fico olhando o sol saindo para nos trazer um lindo dia. Tiro a minha roupa e resolvo entrar na água. Não sei quanto tempo fiquei só percebi que os meus dedos estavam enrugados. Saio da água e sigo para barraca do seu Neto para tomar uma água de coco.
