A Ameaça Mascarada

16 - Eu Quero é o que Você Tem

— Então você e a Suzy ficaram? — pergunta William.

— Sim, foi incrível. Fazia tempo que eu não beijava e foi com alguém que eu gosto — dizia James com uma felicidade evidente no rosto.

— Eu também, mano, parece que finalmente a nossa vida amorosa tá dando certo. No meu caso tive muita sorte porque é a minha primeira, e tá dando certo.

— Sim, e pode ter certeza, nada vai estragar isso que estamos tendo.

Denyse se encontrava deitada em sua cama ouvindo música, estava sozinha em casa. Tirou o sábado para refletir e pensar: Como seria sua vida daqui pra frente sem Jhonatan? Até que percebeu que continuaria a mesma. Tá certo que os dois namoraram por mais de um ano e as coisas não seriam iguais, no entanto não era o fim do mundo, ainda tinha seus amigos, sua família e tudo continuava como sempre foi. 

Percebeu que continuaria a mesma pois cai na real de que sua vida é mais do que somente "estar com um garoto" agora era uma heroína. Estar sem ele seria diferente, mas não precisava ficar dias na cama chorando, não precisava de um menino para ser feliz, para se sentir completa, estar bem, por status, seria a mesma Denyse de sempre. Quando se deu conta disso, ficou muito feliz.

A noite passou, era domingo. O dia vai correndo até que dá a hora do almoço. Amélia pediu para William ir ao bar comprar refrigerante, ele vai. Chegando lá, repara em um certo garoto que estava na fila, era um pouco mais alto que ele, pele clara só que com um tom bronzeado, tinha um corte de cabelo estilo militar, vestia uma calça jeans, tênis cano alto e camiseta regata, era até atraente mas o que chamou sua atenção foi a tatuagem em seu braço. William então toma coragem e chega nele:

— Ei, isso aí no seu braço, é uma runa?

O garoto olhou para ele confuso, depois pro braço, depois para ele de novo e disse sorrindo:

— Sim, é uma runa dos Caçadores de Sombras, você conhece eles?

— Sim, li os livros e assisto a série.

— Eu só gosto dos livros mesmo, a série não me chamou muita atenção.

— É pelo fato dela ser meio distante dos livros, né?

— Até que é. Tá certo que é uma adaptação mas o que eles fizeram lá... Ficou muito diferente da história original mesmo.

— Meio que é verdade, mas mesmo assim gosto da série. É como se eles explorassem um outro caminho sem ser do que ocorreu nos livros, acho legal. Ah, não me apresentei, eu sou o William.

— Eu sou o Roberto.

— Roberto? Esse nome não me é estranho.

O garoto dá um sorrisinho de canto de boca e diz:

— Sempre achei que não existissem muitos Robertos por ai! Sabe, não é aqueles nomes que estão em todo lugar tipo Lucas, Pedro e João — até que sua atenção é chamada pela mulher do caixa que tinha acabado de passar a sua compra e lhe entregava o troco — Ah, foi bom te conhecer William mas tenho que ir, acabei de chegar de viagem e to na casa de um amigo meu, vim comprar refri pra eu e ele tomar com pipoca, faz um bom tempo que não nos víamos.

— Tá então, tchau, foi legal te conhecer também!

— Tchau, até mais.

Depois disso William volta pra casa. A tarde para nenhum deles foi grande coisa, todos ficaram em casa e as horas foram passando até cair a noite.