Capítulo 2

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Depois de 15 minutos o táxi estaciona em frente ao prédio do DPF. Pago o táxi e saio do veículo. Coloco meu óculos escuros e entro dentro do prédio com minha expressão irredutível.

- Boa noite, doutora. - um dos seguranças respondem.

- Boa noite. - respondo e entro no elevador e teclo o último andar que é onde fica minha sala.

Assim que o elevador abre as portas, saio e caminho a passos firmes em direção a minha sala, cumprimento todos que me observam rapidamente e voltam as suas atividades normais.

Comigo é o seguinte, enquanto estou dentro do DPF ou exercendo minha função no local que for, eu mantenho pulso firme diante a todos os meus subordinados, sendo justa e irredutível, porém, separo bem minha vida profissional da pessoal, tanto que quando não estou exercendo minha função, eu sou uma pessoa super brincalhona e amigável. Coisa que não posso ser no meu trabalho, já que o levo muito a sério.

Entro na minha sala e ligo o computador, e checo meus e-mails assim que o desktop liga. Noto um e-mail do Ministério Público Federal que requer que façamos um ofício para que seja aberto um inquérito policial investigativo sobre um caso de Peculato e Corrupção Ativa. No ofício colocamos o local, o dia, e todas as informações necessárias para o inquérito, no entanto, falta a apresentação dos suspeitos, ficando assim, o encargo da Polícia em investigar quem são os envolvidos, uma tarefa um pouco árdua para os nossos peritos e investigadores, principalmente quando o fim é localizar o montante de dois bilhões e quinhentos e cinquenta milhões de reais (R$ 2.550.000.000,00 ).

Foi dado falta do dinheiro do Ministério da Fazenda e do Planejamento. Misericórdia, justo lá, onde são feitas todas as transações dos investimentos dos órgãos públicos.

- Argh! Tô vendo que isto vai demorar mais do que eu imaginava. - bufo imaginando toda a burocracia a ser tomada daqui em diante.

- Toc toc. - vejo Jéssica bater na porta vestida com sua roupa de trabalho.

- Entre, investigadora Jéssica. - sou formal.

- Fiquei sabendo do pedido do requerimento que o Ministério Público fez para nós e gostaria de saber por onde que devemos começar as investigações ou qual ações vamos tomar daqui em diante. - Jessica pergunta ao sentar na cadeira frente a minha.

- Vamos aguardar eu enviar o ofício para o Ministério Público, mas creio que devemos enviar o mais rápido possível os peritos para o local do crime para que sejam colhidas provas e para que o infrator ou infratores não dê fim a elas. - respondo olhando fixamente para a tela do meu computador enquanto monto o ofício, ou tento, pois sem as informações necessárias fica um pouco difícil.

- Está bem, vou conversar com o Pietro, e falar para ele checar os computadores do Ministério. - ela diz.

- Boa ideia. - assinto ainda concentrada no que digito no computador. Ela se levanta para sair, ergo os olhos da tela e resolvo fazer uma perguntinha. - E aí, como foi lá com o Bruno? Rolou ou não?

- Isso não é da sua jurisdição, cara delegada. - ela ri e sai da sala fechando a porta.

Engraçadinha ela.

Abro o Lynk e envio uma mensagem aos peritos.

Flávia F. Carvalho
Boa noite, amanhã cedo quando abrirem o Ministério da Fazenda, quero que vá até lá com seus colegas para fazerem a perícia dos computadores da sala principal de comando. ( 00:20 )

Série Mulheres No Comando: A Federal [REVISANDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora