capítulo VI

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Passou um tempinho desde que minha mãe falou comigo sobre o emprego. Eu consegui um emprego numa casa de uma senhora muito legal. O nome dela era Serafina. A dona Serafina era dessas senhoras adoráveis que tratam todos muito bem. Ela morava com um sobrinho muito problemático, o nome dele é Bruno.
Posteriormente eu fui pra casa dela pra fazer o que eu tinha que fazer, eu trabalharia como empregada em sua casa.
-Bom dia dona Serafina, tudo bem com a senhora?
-Tudo bem, Liliane. Eu tenho que sair rapidinho pra ir na loja, porque parece que temos alguns problemas,mas volto em meia hora. O Bruno tá no quarto dele e é melhor você não limpar lá, ele tá num mau humor terrível.
Eu esqueci de mencionar que a dona Serafina é dona de uma grande loja de roupas na cidade.
-Tudo bem, dona Serafina. Boa sorte lá na loja.
Ela me deu tchau e seguiu seu caminho. E eu fui fazer o que tinha que fazer. Sendo que já eram quase 15:00.
Comecei limpando o chão da cozinha, quando do nada senti alguém atrás de mim.
-Ai Bruno, que susto. Você ficou louco?
-Sai da minha frente, caralho.
-Que grosso. Pra uma pessoa tão rica, você não tem o mínimo de educação.
-Você é paga pra trabalhar ou dar lição de moral?
Eu fiquei quieta, mas fiquei com bastante vontade de falar umas verdades pra ele. Mas eu não falei nada, porque isso podia custar meu emprego.
Dei as costas e continuei limpando a cozinha enquanto ele ficava resmungando. Até que teve uma hora que ele parou e se pôs a me olhar.
-Olhando assim, você é bem gostosa.
Eu fiz cara feia pra ele e saí da cozinha, enquanto ele ficou lá rindo da minha atitude.
Dona Serafina demorou bem mais do que o que estava previsto. De meia hora, ela passou quase cinco horas na loja resolvendo os seus tais problemas. Dona Serafina apesar da idade, é uma senhora bem bonita, com aparência de uns 40, mesmo tendo 62. O que é que o dinheiro não faz pelas pessoas?
-Oi querida. -Disse dona Serafina ao entrar.
-Oi dona Serafina. Eu deixei tudo pronto e já estou indo pra casa. Porque é meio longe e é quase uma hora andando.
-Tá certo, querida. Pode ir. Nós nos vemos de novo amanhã. Cuidado no caminho, já está bem escuro.
-Ah dona Serafina, que nada. Eu sei me cuidar. Dá pra ir sem riscos, mas agradeço a preocupação.
Eu estava saindo na porta da casa da senhora, quando um carro em alta velocidade passou na rua e depois passaram 3 carros da polícia atrás daquele carro.
-Liliane, você tem certeza que você quer ir? Se quiser posso ligar pra sua mãe e falar que você vai dormir aqui.
-Não, não. Posso ir pra casa tranquilamente.
Na verdade eu estava completamente gelada por dentro, eu não queria ir pra casa sozinha. Aliás, eu só queria voltar pra minha casa de verdade, queria minha piscina, queria meu pai, queria meus amigos. Eu queria tudo que um dia foi meu.
-Já que você não quer ficar aqui, vou pedir pro Bruno te levar em casa.
Meu Deus, ele não.
Eu ia negar, mas a gente ouviu barulhos de tiro vindo da direção de onde os carros tinham passado a pouco.
-Tudo bem, pode pedir pra ele me levar.
Ela chamou o sobrinho pra me levar até em casa.
Bruno pegou o carro e estávamos indo, mas do nada ele entrou numa rua que eu não conhecia. Aquela não era a rua da minha casa. Parecia o caminho de uma floresta por tanto mato que tinha.
-O que você pensa que vai fazer?
-Eu já te disse que você é muito gostosa?
Ai meu Deus. O que ia ser de mim? O que esse animal ia fazer comigo? Ai minha nossa senhora.

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⏰ Última atualização: Jan 07, 2018 ⏰

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