Carlos Eduardo - O lugar onde estou

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O lugar onde estou é tão escuro que só percebo que é dia pelo calor. O calor insuportável. Tiro a camisa e me deito no chão onde é mais fresco.

As horas passam sem que eu me dê conta. Às vezes penso nos meus pais. No desespero de Dona Débora. Esse era seu pior pesadelo. Está acontecendo. E penso em Bruna sem parar. Em como ela está. Se aconteceu alguma coisa. Mas, principalmente, penso que ainda não disse que eu a amo.

Prometo, em minhas orações, tenho tido muito tempo para conversar com Deus, que caso eu consiga sobreviver a isso, será a primeira coisa que farei.

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Bruna - Não Acredito

Não acredito que sentei numa cadeira da escola. Todos são muito solidários. Recebo abraços e carinhos. Os professores tentam agir de maneira natural diante da minha total falta de atenção. Não consigo tirar os olhos da cadeira dele lá na frente. Não está vazia. Um colega a tomou e eu acho esse simples ato ofensivo. Sinto vontade de matá-lo. Mas penso que isso fará com que eu saia daqui direto para o hospital. Então me controlo.

Toca o sinal e eu não entendi absolutamente nada do que foi dito hoje. Não saberia nem dizer de que matérias foram as aulas. Sigo para o estacionamento, mas não tenho mais carro. Fico sem saber ao certo o que fazer, para onde ir. O irmão de Kadu aparece. Eu penso que tem notícias, mas ele apenas veio me buscar.

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Por Onde AndeiOnde histórias criam vida. Descubra agora