No chains

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Minha pele, fria e gelada se arrepiava quando a ponta dos seus dedos passeavam por ela. Quando os arrepios eram mais fortes, intensos, o reflexo do meu corpo era contido pelas cordas ásperas que me prendiam. Minhas pernas, presas cada uma a uma extremidade da cama não conseguiam se fechar, e meus braços imitavam tal limitação. Seu toque descia pela minha barriga, e já não se tratava apenas da ponta dos seus dedos e sim da sua mão que fazia pressão e queria demostrar que tudo aquilo que tocas é teu. Repentinamente deixas de me tocar e após um estalo se fazer ouvir minha intimidade sente o impacto de uma palmada que lhe deste, fazendo minha coluna arquear e voltar a sentir as limitações das cordas, me dando um arrepio secundário. Eu já estava tão molhada, tão desejosa para que você me tocasse que apesar de estar disposta a esperar quanto quisesses para o teu prazer, eu sabia que se implorasse eu teria o que queria e você também teria prazer em ouvir. Sem pensar duas vezes as palavras saíram da minha boca
-Senhor, por favor, por favor...
-O que você quer? - Perguntaste em tom risonho mas ainda assim mantendo um semblante sério.
-Que você me foda, Senhor. Eu quero muito, por favor. - Eu queria, era verdade, não tinha porque enrolar e você gostaria de ouvir. Você se aproximou bruscamente me fazendo sentir a tua respiração no meu rosto, e então eu senti dois dedos teus dentro de mim. Entraram tão facilmente, eu estava tão pronta que chegava a manchar os lençóis de seda vermelhos, que quando me deitei estavam perfeitamente passados e agora estavam tortos e amassados. Minha respiração não só estava ofegante como deixava escapar pequenos gemidos todas as vezes que entravas em mim, com movimentos fortes e precisos.
-Queres que te foda?
-Sim, Senhor.
-Então implora.
E, Senhor, ouvir isso me fez querer ajoelhar na tua frente e pedir, olhando nos teus olhos para que me fodesse. Com força. Rápido. Sem dó do meu corpo, como se tudo dependesse apenas do teu prazer.
-Senhor, por favor - fui interrompida por um gemido involuntário quando começaste a ir mais rápido propositaomente - por favor -Enfasiei o pedido, em súplica. - Por favor, Senhor, me foda.
-Linda menina
Começaste a desfazer os nós que eu tinha por todo o meu corpo. Os nós que prendiam Minhas extremidades e o shibari que prendia meu peito. Marcas admirável se mostravam na minha pele, e Senhor, elas são o meu troféu. Não entendia o porque de estar sendo desamarrada após o meu pedido, mas não contrariei, me mantendo apenas na mesma posição até segundas ordens.
-Sabe qual uma das melhores limitações? - Perguntaste inusitadamente, mas com a voz baixa.
-Não, Senhor.
-É a espera. Você vai se manter nessa posição até eu dizer que podes sair, não importa o que eu faça. E sim, você vai ter sua recompensa no final se te portares bem. Se não, vais ter o castigo que mereces. Percebido?
-Sim, Senhor.
Pegaste numa vela que estava pousada na mesinha ao lado da cama, e tirando um isqueiro do bolso a acendeste. Meu corpo se arrepiava em antecipação.
-Boa sorte, Baby.
-Eu não preciso de sorte, Senhor.
-Veremos se não.

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