Continue sonhando

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Caindo.
Eu estava em queda livre, despencando no ar.

- Lauren!

Ela me chamou, e o som da sua voz fez meu coração disparar

-me ajude!

Ela estava caindo também. Estiquei meu braço, tentando setura-la. Estiquei o braço mas só encontrei ar. Não havia chão sob meus pés e minhas mãos se enfiavam em lama. Encostamos as pontas dis dedos e vi fagulhas verdes na escuridão.
  Então ela escorregou por meus dedos e só consegui sentie a perda.
  Limão e alecrim. Eu consegui sentir o cheiro dela, até naquele momento.
  Mas não conseguia segura-la.
  E não conseguia viver sem ela.

Me sentei de repente, tentando recuperar o fôlego.

- Lauren Michelle Jauregui wate! Acorde! Não voy admitir que chegue atrasado ao primeiro dia de aula. - Eu podia ouvir a voz de Amma gritando do andar de baixo.

Meus olhos focalizaram um ponto de luz suave na escuridã. Eu podia ouvir o distante som da chuva contra a velha janela da fazenda. Deve estar chovendo. Deve der de manhã. Devo estar no meu quarto.

  Ele estava quente e úmido por causa da chuva. Por que minha janela estava aberta?

  Minha cabeça estava latejando. Deitei novamente na cama e o sonho foi se dissipando, como sempre acontece. Eu estava em segurança no meu quarto, em nossa antiga casa, na mesma cama de mogno que rangia onde provavelmente seis gerações de. Jauregui's wate dormiram antes de mim, onde pessoas não caíam por buracos negros feitos de lama e nada nunca acontecia.
  O que havia de errado comigo? Havia meses que eu tinha o mesmo sonho. Apesar de não conseguir me lembrar de tudo, a parte da qual eu me lembrava era sempre a mesma. A garota estava caindo. Eu estava caindo. Tinha q me segurar mas não conseguia. Se eu soltasse, alguma coisa terrivel aconteceria com ela. Mas esse era o problema. Eu não conseguia soltar. Não podia perde-la. Era como se eu estivesse apaixonado por ela, mesmo não a conhecendo. Tipo um amor antes da primeira vista.

  Talvez eu estivesse enlouquecendo, ou talvez só precisasse de um banho. Os fones ainda estavam em volta do meu pescoço, e quando olhei para o visor do meu ipod, vi uma musica q não reconheci.
"Dezesseis luas".

O que era aquilo? Cliquei nela. A melodia era assustadora. Eu não conseguia identificar a voz, mas tinha a sensação de que ja ouvira aquilo.

  Dezesseis luas, dezesseis anos
Dezesseis dos meus mais profundos medos
Dezesseis vezes você sonhou com minhas lagrimas
Caindo, caindo ao longo dos anos...

Era deprimente, assustadora... Quase hipnótica.

- Lauren Jauregui Wate - consegui ouvir Amma gritando mesmo com q música.

  Desliguei o ipod e sentei na cama, afastando as cobertas. Os lençóis pareciam estar cheios de areia, mas eu sabia que não era isso.

  Era terra. E minhas unhas estavam pretas de lama, da mesma forma que ficaram na última vez em que eu tivera o sonho.

  Enrolei o lençol e o enfiei no cesto de roupa suja embaixo do uniforme do treino do dia anterior. Entrei no chuveiro e tentei esquecer tudo enquanto esfregava as mãos e os últimos pedaços pretos do meu sonho desaparecia pelo ralo.

Se eu não pensasse naquilo, não estaria acontecendo. Era assim que ru lidava com a maioria das coisas nos últimos meses. Mas não quando se tratava dela. Não dava pra evitar. Eu sempre pensava nela. Sempre voltava a ter o mesmo sonho, mesmo não conseguindo explica-lo.

  Então esse era meu segredo, tudo que eu queria contar. Eu tinha 16 anos, estava apaixonada por uma garota que não existia e estava ficando louca.

Não importava o quanto esfregasse, não conseguiria fazer meu coração parar de bater forte. E mesmo com o cheiro do sabonete Ivory e do xampu, eu ainda conseguia sentir aquela aroma. Bem de leve, mas eu sabia que estava lá.

  Limão e alecrim.

Então gente esse foi o primeiro capítulo. Pequeno eu sei mas prometo que virão maiores ok!?

Se gostaram e querem que eu continue pfv comentem ok pra mim poder saber

Beijinhos bbs

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⏰ Última atualização: Jan 09, 2018 ⏰

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Dezesseis Luas (CAMREN)Onde histórias criam vida. Descubra agora