Capítulo 27 - Marcelo

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Paro em frente a casa de Laura. Está chovendo muito ainda.

― Você vai se molhar.

― Claro que não ― diz ela abrindo a bolsa. ― Você não sabe que em bolsa de mulher tem tudo o que você precisa?

Ela tira uma sombrinha lá de dentro e me mostra toda orgulhosa.

― Que dia nos veremos de novo?

― Quando você quiser, Marcelo.

Ela me beija no rosto e uma luz reflete no retrovisor interno e me cega por um instante.

― Obrigada!

Laura sai do carro, entra rapidamente debaixo da sobrinha e segue em direção ao portão.

Vejo o carro de Isabel atrás de mim. Acelero e saio. Entro na garagem e ela entra logo atrás.

Eu saio do carro e vou até ela.

― Que chuva hein! ― digo receoso.

Isabel me olha de um jeito estranho, mas logo em seguida esboça um sorriso.

― Laura está bem?

― Está.

― Ela disse que traria outra foto para eu pintar...

Sinto uma certa tensão no ar. Ela parece querer me perguntar algo, mas permanece em silêncio.

― Vamos! ― digo e enlaço-a pela cintura. Ela não se opõe e me acompanha.

Quando entramos na sala eu a solto e vou até a cozinha. Estou louco por um vinho. Acho que com essa chuva o clima é propício para umas boas taças de vinho.

Ela me acompanha e senta-se à mesa. Eu sirvo uma taça pra mim e outra pra ela.

― Eu quero te falar uma coisa.

Ela se retrai e apoia as mãos na mesa. Tenho medo que ela se levante antes que eu diga.

― Comprei nossas passagens. Viajaremos depois de amanhã.

― O que?

― Você não disse que eu precisava de férias? Então? Vamos passar uns dias no Nordeste.

― Você é louco? Assim tão de repente?

Eu bebo um bom gole de vinho e me levanto. Abraço-a por trás na cadeira e beijo seu pescoço.

― Estou louco pra estar sozinho com você. Longe destes problemas, só nos dois e o mar. Já imaginou?

Meu telefone começa a tocar. Eu estendo a mão para atendê-lo, mas Isabel a segura e se levanta. Vira-se para mim e me beija desesperadamente. Isso mesmo. Ela me dá aquele beijo louco de tirar o fôlego.

Eu correspondo e sinto as mãos dela passado afoitas pelas minhas costas. O celular para de tocar e em questão de segundos começa a tocar novamente.

Isabel começa a me despir com ânsia e me afasta da cozinha. Vai puxando-me pelo cinto que ela começou a tirar e eu vou atrás dela como um cachorrinho puxado pela coleira. É tão bom ser dominado por ela. Sinto-me tão desejado e irresistível quando isso acontece que meu prazer ainda é maior.

Ela me joga no sofá e ouço o telefone tocar de novo. Desta vez é o dela.

Isabel me beija o corpo todo e vai deslizando suas mãos pelo meu abdômen e depois termina de me despir. Tira a minha cueca delicadamente e fica observando meu membro.

Mar de rosas e de espinhosOnde histórias criam vida. Descubra agora