I- O mistério da família Mior

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"Aquele que diz uma mentira não sabe a tarefa que assumiu, porquê está obrigado a inventar vinte vezes mais pra sustentar a certeza da primeira".

Alexandre Pope.
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5 de Outubro de 1999.
Inglaterra, Cambridge.
09:17 A.M.
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Em uma grande casa branca morava a família Mior, uma família rica, antiga, que carregava um legado de anos e anos. O terreno da casa era tão grande que eles possuiam um Jardim ali mesmo, com árvores gigantes, un lago que passava por todo a extensão do lugar, uma estufa colorida, e uma fauna não tão abundante, apenas alguns cisnes e ganso nos lagos, esquilos nas árvores e beija-flores na flora.

Um homem de cabelos grisalhos, Isaac Mior, andava calmamente num caminho de ladrilhos que estava no chão, em direção aos bancos na margem do lago, em um dos bancos uma mulher estava sentada, ela o olhou vindo em sua direção e sorriu.

— Sente-se aqui, querido.
Disse ela com uma voz angelical, tão doce de se ouvir.

Isaac sorriu de volta, sentou-se ao lado da moça e olhou em seus olhos.

— Você está bem, meu amor?
Perguntou ele.

Ambos são casados, a mulher estava grávida de gêmeos, 9 meses de gestação estavam se completando.

— Sim, estou, mas estou intrigada com uma coisa.
Disse ela desviando o olhar para uma pequena casa do outro lado do lago.

— Clair, está falando do oráculo?
Ele perguntou com um tom de preocupação, colocou a mão sobre a mão da mulher.

— Estou, querido, nós precisamos saber o destino dos nossos filhos.
Ela disse num tom choroso.

O sol da manhã estava atingindo o auge, as grandes árvores formavam uma sombra no banco em que o casal estava, o vento batia na pele dos dois, os cabelos iam na direção do vento, ele não respondeu a esposa.

— Você não concorda?
Perguntou ela novamente.

— O destino não é uma coisa simples para se brincar.
Ele afirmou olhando para o lago.

— Isso não é brincadeira, nós precisamos saber!
Ela exclamou, revoltada, levantou e abaixou o pulso dando uma porrada no braço do banco.

— Acalmem-se, meus amores.
Disse uma voz feminina, era a mãe de Isaac, Elizabeth Mior, ela chegou por trás do banco, colocou a mão sobre o ombro de Clair e disse.

— Você não pode se estressar meu amor, está carregando meus netinhos! Aliás, qual é o motivo de sua revolta?
Disse ela com um sorriso doce no rosto.

— Desculpe, mãe. Estávamos falando sobre consultar o oráculo.
Disse Isaac, virando o olhar para a madame.

— Oh, o oráculo? Você sabe que teríamos que falar com o seu pai antes de fazer qualquer coisa, não sabe?
O sorriso dela sumiu, ela estava com uma expressão preocupada.

— Eu vou falar com ele, talvez eu consiga derreter seu coração.
Disse ela, sorrindo de leve, bateu duas palminhas e se virou, andando de volta para a casa braca.

— Será que ela vai conseguir?
Clair perguntou.

Novamente Isaac ficou em silêncio, como se ele nem tivesse ouvido a pergunta da esposa, ele estava a observar os cisnes e peixes na água cristalina do lago.

— Isaac?

— Ah, oi, desculpe.
Ele acordou de um pensamento profundo.

— No que estava pensando?
Disse ela, atenta a cada palavra da sua resposta.

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⏰ Última atualização: Jan 13, 2018 ⏰

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