A esposa de Klaus Mikaelson

Ela está viva?

                
   
Klaus se encontra em seu quarto, fazendo mais uma de suas pinturas, o único som ouvido é de seu coração batendo e de sua respiração calma. Ao quadro branco uma pintura confusa de várias cores, mas em destaque a cor vermelha e preta. O vermelho representando o sangue daqueles que tentaram ferir sua garotinha, Hope, o bem mais precioso de todo seu reino. Logo aquele silêncio confortante acabou ao Rebekah e Elijah adentrarem seu quarto. O híbrido respirou fundo e nem sequer se virou para olhar-los.

── Posso saber o por que de estarem aqui em meu quarto? ─ questionou Klaus totalmente focado em sua pintura.

A vampira pegou uma tesoura que está sob a cabeceira e a arremessou em direção ao quadro, acertando a pintura que seu irmão fazia e assim o interrompendo. Klaus largou o pencil furioso que segurava e se virou para olha-los, seus dentes trincados com raiva pelo estrago que Rebekah fez em sua pintura.

── Agora que tenho sua atenção posso falar. Tem uma bruxa querendo que você a encontre no cemitério agora. Provavelmente uma das que você usou como um brinquedo ─ disse Rebekah um tanto debochada.

Klaus deu um breve riso com o deboche de sua irmã e então suspirou. Não seria a primeira e nem a segunda vez que essa tal bruxa teria tentado falar com ele, mas o híbrido nem sequer deu importância as tentativas da bruxa de se comunicar com ele. Elijah deu um passo a frente e pegou o copo de whisky que Klaus deixou sob a mesa há alguns minutos atrás, bebeu um gole e olhou para seu irmão.

── Irmão, já não é a primeira vez que essa mulher tenta falar com você. Talvez não seja mais um de seus affair e possa ser algo importante. Você deve ir. Sair um pouco lhe fará bem, nada acontecerá com a Hope com eu e Rebekah aqui. ─ disse Elijah com um tom de tranquilidade em sua voz.

Klaus o olhou um tanto pensativo e sua mente o dizia para não ir, mas algo dentro de si o dizia para ir. O medo de ser mais um problema para sua família é maior que seus instintos, sim, medo. Ele quase perdeu quem mais ama e não poderia permitir que isso ocorresse novamente.

── Elijah, eu não posso simplesmente sair daqui e deixar Hope na responsabilidade de vocês dois. Não depois do que aconteceu. Afinal, pode ser mais uma bruxa estúpida tentando me matar. ─ respondeu Klaus com um tanto de repulsa em seu tom de voz.

Elijah estava prestes a abrir sua boca até que Rebekah o interrompeu.

── Klaus, pare de ser um sanguinário paranóico. Vá encontrar a bruxa e deixe a Hope conosco. Nós damos conta. ─ disse Rebekah e revirando seus olhos.

O híbrido ia abrir sua boca em protesto e desistiu ao perceber a forma em que seus irmãos o olhavam esperançosamente. Nada do que ele disser fará seus irmãos mudar de idéia, então não teria sentido discutir com Elijah e Rebekah.

── Tenham cuidado, por favor. ─ disse Klaus.

O híbrido pulou a varanda de seu quarto e com sua super velocidade chegou rapidamente ao cemitério, ele não sabia sobre o que se trata o assunto, então está cauteloso.

── Little witch, onde está você? Saia de onde está e venha brincar de pega-pega. ─ Klaus gritou e abriu seus braços.

Uma mulher magra e baixa apareceu, sua pele é clara, ela não parecia ser tão velha e nem tão jovem. Suas madeixas loiras e seus olhos azuis claro chamam a atenção do original. A expressão de Klaus se tornou séria e ele não escondia sua repulsa. A bruxa se aproximou dele e o olhou nos olhos claros do híbrido.

── Seus olhos são exatamente como ela descrevia. Um azul que a fazia se lembrar do mar e que ela passaria horas admirando. ─ seu tom de voz é sereno.

Klaus arqueou as sombrancelhas curioso por não saber de quem ela falava e seu coração acelerou, ele nem sabia o porque daquilo estar acontecendo. O híbrido rapidamente envolveu sua mão direita ao redor do pescoço da bruxa e o apertou suavemente, ele queria olhar nos olhos dela.

── Quem é você? O que quer com a minha família? ─ Klaus indagou com raiva em sua voz.

A bruxa o olhou e levou suas mãos até a cabeça de Klaus que ficou imerso naquele momento, ele tirou sua mão do pescoço da mulher e cambaleou se afastando dela. Em sua cabeça passava vários flashs rápidos e nítidos de muito tempo atrás. Uma mulher parda, de olhos castanhos escuros, de bela madeixas castanhas, e seu sorriso é tão lindo quanto ela, trazia paz para o híbrido. Sua cabeça doía um pouco e seu olhar é de pavor.

── Não... Ela morreu anos atrás e eu a apaguei totalmente de minha memória. Mal me lembrava de seu sorriso. ─ disse Klaus ofegante.

O peito de Klaus subiam e desciam descontroladamente, sua respiração descompassada e seus batimentos cardíacos também. Um misto de medo, saudade, raiva. A bruxa se aproximou dele e colocou sua mão no ombro do híbrido, o confortando.

── Ela nunca morreu, Niklaus. Isabel foi acorrentada e presa dentro de um caixão. Jogada num oceano para morrer e reviver repetidamente, uma tortura sem fim. Me chamo Kenna, sou amiga dela. ─ disse a bruxa.

O original se recompôs e está desconfiado em relação as coisas que Kenna disse sobre Isabel, mas é algo que faz sentido. Ela morreu há mil anos atrás e desde de então nunca mais ouviu falar o nome de Isabel, e nem procurou saber. Ele deixou tudo sobre ela para trás e continou a fugir de Mikael.

── Como você sabe que ela não está morta? Muitos anos se passaram e eu a vi morrer... ─ Klaus disse mais para si do que para Kenna.

── Eu nunca acreditei que ela morreu. Isabel não é capaz de ser morta, não pela forma que foi. Ela é realmente uma imortal, quase como uma original. Mais forte e mortífera. Uma aberração como a chamam ─ disse Kenna com serenidade em sua voz.

Os olhos de Klaus demonstram surpresa e ele de fato não sabia sobre esses detalhes de sua antiga amada. Ele mal recorda dela. Kenna colocou suas mãos de trás das costas e deu um passo a frente na direção do original, ela olhou profundamente nos olhos de Klaus.

── Eu já sei a localização de Isabel. Quando for o momento de nos encontrarmos novamente, você vai saber quando. ─ disse a bruxa

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    ■ Espero que gostem, pessoal! Dei meu melhor. Aos poucos vou postando.