Acho que em algum momento da vida, todo mundo já desistiu do amor. Depois de inúmeras tentativas, entregas de corpo e alma, noites acordado pensando num futuro juntos, planos e o caralho a quatro, sempre acontece alguma coisa pra estragar tudo. E dói, porra como dói. O amor passa de ''é tudo que eu quero'' para ''é a coisa que eu mais devo manter distância''.
E bom, já ia me esquecendo, me chamo Adam Moore, e digamos que não sou uma pessoa com sorte quando se trata de relacionamentos.***
Senhoras e senhores, hoje tenho a honra de lhes apresentar o maior desastre que o mundo já viu: minha vida amorosa. Ta, talvez eu esteja exagerando um pouco, perdoem-me. Mas esse lance da minha existência ser uma catástrofe é verdade.
Nasci e cresci em Portland, uma cidade no noroeste dos Estados Unidos. Classificada como segunda cidade mais verde do mundo, repleta de pequenas cervejarias e uma adoração imensa por café, inúmeras rosas no quintal de toda a vizinhança, muitos amigos e uma namorada incrível, era o lugar perfeito pra mim.
Mas as coisas não estavam indo bem nos negócios da família, nossa empresa faliu e tivemos que nos mudar para uma cidadezinha no interior do Brasil. Foi um choque, tudo que eu tinha parecia escorrer pelos vãos dos meus dedos. Mas eu ainda acreditava no amor, a distância seria só um detalhe para dois corações apaixonados.
Pedi a Emma em noivado, como prova que não queria mais ninguém além dela, apesar de ir para um país em que as mulheres tem fama de serem muito bonitas. Jurei que ia voltar assim que as coisas melhorassem e que iriamos ser muito felizes. Ela aceitou, em meio a muitas lágrimas, dizendo que eu era o amor da sua vida.
Passei meses e meses com o coração doendo de saudade, rejeitando as inúmeras meninas incrivelmente lindas e bêbadas que tentavam me agarrar nas festas da faculdade e pensando em como seria o breve reencontro com Emma.Os negócios no Brasil estavam prosperando, e eu consegui juntar grana suficiente para viajar para minha terra natal.
Resolvi fazer uma surpresa, ir sem avisar ninguém. No avião, minha barriga se contorcia e meu estômago parecia repleto de borboletas esvoaçantes dos mais diversos tamanhos. Mal podia acreditar que iria te-la em meus braços de novo.
Chegando lá, fui direto para a casa dos pais dela, que me receberam com um abraço caloroso informando que Emma estava na casa dos avós. Corri até la, não ficava muito longe. Logo avistei a Dona Aria cuidando das flores, com os cabelos mais grisalhos do que da ultima vez que nos vimos, mas com o sorriso de sempre.
Dei um beijo da testa dela, que parecia não acreditar que eu estava mesmo ali. Disse que estava cuidando do jardim para um festival de rosas que teria em breve, mas que eu podia ficar a vontade e entrar no quarto de hospedes, onde Emma estava estudando com um colega da escola.
Eu sorri e fui andando na pontinha dos pés, afim de pega-la completamente de surpresa. Meu coração batia cada vez mais forte, mas quando cheguei na porta ele parou. Ela estava transando com o Mason, o cara que dizia ser a porra do meu melhor amigo.
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Amor, é complicado
Teen FictionDigamos que Adam não é um garoto de sorte quando se trata de relacionamentos, e jurou nunca mais se apaixonar. Mas aí uma coisa terrível aconteceu: ela. Mergulhe nesse romance descontraído, que foge dos padrões e é constituído por um vocabulário de...