Capítulo 3 - O Começo do Fim

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– Uma semana! – exclamei exasperada e me joguei na cama

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– Uma semana! – exclamei exasperada e me joguei na cama.

Até que as coisas não iam tão más assim, era mais a saudade que sentia de Nova York. Do tempo nublado, os prédios, o movimento incessante, até mesmo do ar poluído da metrópole eu sentia falta.

Claro que sentia falta de meus amigos que lá deixei e até mesmo sentia falta de meu pai, por mais que não trocássemos muitas palavras, o simples saber de que ele estava na mesma casa que eu fazia-me sentir bem. Estranho não?

Na semana que aqui estou fiz colegas, mas digamos que ainda estou de corpo fechado para essa cidade, ninguém a vista que merecesse que eu deixasse entrar em meu círculo social. Não pense que sou uma mimada da cidade grande, claro que não, é somente a raiva que ainda borbulha em meu ser.

Raiva de saber que meu pai achou um jeito digno de se livrar de mim. Aposto que agora ele tem toda a liberdade para levar aquelas vadias interesseiras ao nosso apartamento. Isso soa infame!

Milagrosamente na segunda-feira cheguei cedo ao colégio, quinze minutos adiantada. Eu não sei o porquê mais sentia-me animada, talvez houvesse a ver com a aura harmoniosa de meus avós, algo que parecia irradiar deles e nos acertar em cheio, nos enchendo de alegria.

Era assim que eu me sentia aqui nessa cidade, em paz, porém um tanto desfocada.

Desci de meu carro, caminhei pelo largo estacionamento do colégio e adentrei o local já cheio. Fui em direção a meu armário, lá peguei os livros que usaria nas aulas seguintes, então um estrondo ecoou pelo corredor, mais outro e depois um xingamento:

– Máquina idiota! Roubou meu dinheiro! – uma loira de cabelos um tanto encaracolados brigava com uma máquina de refrigerantes – Argh!

Fechei meu armário e fui em direção da mesma.

– Acho que você esqueceu de apertar esse botão aqui – estiquei meu braço e cliquei o botão, logo ouvimos o som da lata do refrigerante rolar – Pronto – sorri para a garota.

Ela se abaixou e pegou a lata de Pepsi.

– Ah, valeu! – ela abriu a lata e tomou o líquido – Não pense que sou uma idiota, ok?

– Isso nem se passou pela minha mente.

– Hum, sei – ela tomou outro gole da bebida.

Reprimi um sorriso.

– Você é nova aqui – ela afirmou.

– Sim.

– Estamos na mesma sala em algumas matérias.

Franzi o cenho, não havia a notado. Pra falar a verdade, não havia me dado o trabalho de focar o rosto dos seres deste colégio.

– Ah, é?

Jogando Perigosamente | Jake GyllenhaalOnde histórias criam vida. Descubra agora