Lívia Albuquerque sempre foi vista como uma garota mimada. Por "falta de experiência", acabou engravidando aos dezesseis anos, mas sem o apoio do pai de seu filho, tudo que teve foi a família e amigos.
Adam Coleman sempre foi um jovem calmo e centr...
É a palavra que me define hoje! Mas, vamos as apresentações, eu sou a Lívia, atualmente tenho dezoito anos, estou neste momento em um hospital com meu filho, esperando ser atendida.
Charlie, meu filho, completou oito meses a uma semana, e hoje é a consulta mensal dele. Até o mês passado o pediatra dele atendia em uma clínica próxima a minha casa, mas, agora ele é residente do hospital em que o Charlie nasceu, e com isso, aqui estou eu.
E antes que perguntem não é por isso que estou com raiva. Meu motivo tem nome. Adam Richards Coleman. Que por sinal é ginecologista nesse mesmo hospital. O filho da mãe é completamente apaixonado pelo meu filho, e nesse momento estou sentindo o peso disso.
Porque? Bem, é simples. Já ganhei olhares raivosos, comentários constrangedores, e sorrisinho sinicos. Sinto o rosto queimar só de lembrar...
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15 minutos antes
Chego a clínica, Saint Claire Maternity, não chamaria de clínica, o lugar é gigantesco, espaço suficiente para ser um hospital, no entanto, a especialidade é mulheres e crianças, por isso só trabalham, ginicologistas, obstetras e pediatras.
Sempre me consultei aqui, ja que mamãe é paciente deles desde antes da Loren, minha irmã mais velha nascer. No momento estou trazendo meu filho, Charlie a consulta mensal com o pediatra, Dr.Faria, que agora é residente aqui. Me dirijo a recepçãoe uma senhora de uns quarenta anos, com óculos quadrados e um coque perfeito.
- Boa tarde, o Dr.Faria ja está atendendo? -pergunto ao notar que cheguei cedo.
- Sim. - Ela sorri e brinca com Charlie. - Qual o nome do paciente?
- Charlie Albuquerque. - Ela o olha e digita algo no computador.
- Tem dois bebês antes dele querida. - Ela sorri pra ele. - É o bebe do Dr.Coleman não é?
Nesse momento uma enfermeira, jovem até, que estava escorada no balcão um pouco mais ao lado me olhou com as sobrancelhas erguidas e depois olhou Charlie. Sorri constrangida e voltei a falar com Sara, a recepcionista que usa um crachá dourado.
- Pode-se dizer que sim. - Ela alarga o sorriso. - Posso perguntar como sabe disso?
- Bem além dele ter me mostrado mil fotos de vocês? - Ela ri provavelmente da minha cara. - Ele também me fez prometer que o avisaria assim o Charlie fosse passar.
- Oh, entendo, obrigada Sara você é muito gentil. - Ela sorri e manda um beijo ao Charlie assim que começo andar.
- A propósito, eu achei que ele tinha seus olhos, mas pessoalmente são iguais aos do pai. - Ela disse quando parei um pouco mais distante.
