| Narrado em 3° pessoa |
Faltavam exatos nove dias para o baile de encerramento das aulas.
Nina havia tirado, como sempre, suas notas medianas e conseguido seguir para o segundo ano do ensino médio, levando consigo, a inteligência superestimada que possuía. Já Adam e sua mente brilhante, com médias altas, passou para o terceiro gloriosamente. Anna, com toda a sua genialidade, passou com a média A em quase todas as matérias. Max tinha uma mente superestimada, assim como Nina, mas também se encontraria no terceiro ano após as férias de verão. Os quatro jovens seguiriam. Mas antes, haveria o infeliz rito de passagem, como Nina havia chamado naquela manhã de sábado: O baile. Havia toda a uma preparação que envolvia superficialidade — Sapatos, bolsas, vestidos, smokins, maquiagem, cabelo bem arrumado. Isso não era a praia de Nina e mesmo que Anna usufruisse da maquiagem para esconder as feições exaustas, ela não gostava tanto. Mas mesmo assim, os quatro jovens estavam indo ao shopping aquela manhã para comprar o que tinham de comprar para o baile.
Tori e Jack foram às lojas de vestidos de festa com Nina e Anna, enquanto Cody e Emma foram com Adam e Max, já que a mãe de Max não pudera acompanhá-lo por estar trabalhando da sua loja, que por acaso, era a que Nina e Anna estavam indo para comprarem seus vestidos.
⠀⠀— Olá! — Uma mulher baixa, muito bonita, com a pele bronzeada e os olhos de um mel chamativo, as cumprimentou. — Sou Sandra.⠀⠀— É a mãe do Max? — Anna perguntou.
⠀⠀— Sim. É amiga do meu filho? — A mulher disse, sorrindo. Ela era simpática.
⠀⠀— Amiga. Soa bem. — O pai de Anna, Jack, murmurou.
A ideia da sua garotinha estar crescendo tão rápido parecia assustadora demais para ele, e a parte de isso envolver um garoto o qual ele considerava muito legal, o deixava ainda mais apavorado. Ele lembrava de como fora a noite após o baile com Emma, sua esposa e mãe de Anna. Uma noite quente e divertida que ele lembrava com fervor, mas que tinha horror de ser assim que a noite da sua garotinha viesse a terminar. Ele confiava nela, só a protegia e queria que ela fosse sincera sobre tudo.
⠀⠀— Eu sou a Anna, vamos ao baile juntos. E saímos essa semana. — Anna disse. Suas bochechas coraram num tom profundo de vermelho.
Durante uma das aulas de química da semana, a professora acabou juntando Anna e Max para um projeto. Eles não sabiam que Adam havia usado seu charme e inteligência para convencê-la de que o amor era mais que química e ela veria se juntasse Anna e Max. E assim ela fez, como um desafio. Durante o trabalho na sala e uma conversa enquanto Anna estava concentrada em uma das suas matérias favoritas, Max sugeriu que saíssem um dia. Anna parou de mexer em ácido e olhou para ele. Ela sorriu e disse: "Pode ser quinta?". E foi assim que eles saíram num encontro desastroso e incrível.
⠀⠀— Oh, sim! Anna! — A moça exclamou. — Ele fala muito de você e diz que é uma linda garota. Diz tantas coisas boas, que eu achei que fosse exagero, mas vejo que não é. — A mulher sorriu, contente. Sandra era realmente muito gentil. — Deixa meu garoto feliz.⠀⠀— Obrigada. — Ann sorriu, envergonhada.
⠀⠀— E quem mais temos aqui? — Sandra disse. — Olá, Victoria. Faz tempo desde que nos vimos pela última vez.
⠀⠀— Realmente. Eu trouxe minha filha, ela também irá ao baile. — Tori apontou para Nina.
Tori e Sandra se conheciam do grupo de mães que a dra. James, psicóloga famosa e incrivelmente boa e mãe de Anna, exigia para conversas sobre como entender mais os adolescentes e aprender sobre todo o tipo de coisa.
A mãe de Anna já conhecia Max; ele era seu paciente. Foi dos dez até os quinze. Por isso, quando Anna disse que iria ao baile com o jovem, Emma se sentiu aliviada. Ela sabia mais do Max, que Anna poderia descobrir tão cedo. Ela sabia que ele era o garoto certo para sua filha.
⠀⠀— Que menina linda. Com quem irá ao baile?
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O Silêncio Entre Nós
Любовные романыHISTÓRIA EM EDIÇÃO | LEIA A INTRODUÇÃO Após a morte do pai de Nina Davis, ela desenvolve uma fobia social que a impossibilita de se comunicar com as pessoas de maneira direta, além de uma depressão severa que a mantém à margem do mundo, sempre tranc...