A situação em que eu estou não é das mais felizes. Quer dizer, ter Bella é algo simplesmente ótimo, o problema é tê-la como minha amante, e o pior: quando eu namoro sua mãe há alguns anos. Lembro exatamente o dia em que Bella chegou do colégio interno na Suíça. Ela chegou com seus jeans rasgados, sua camiseta apertada, o cabelo desajeitado e malditamente sexy. Chegou com sua personalidade provocativa e totalmente explosiva; Renée estava nervosa, nunca havia tido um bom relacionamento com a filha e tudo havia piorado com seu divórcio, então eu havia me oferecido para dará apoio a ela.
A pior e a melhor ideia da minha vida.
Eu não esperava que a filha dela de quase 19 anos fosse tão diferente dela e tão tremendamente sexy, provocante, deliciosa e sem nenhuma noção de perigo. Nos primeiros dias, eu ficava lá com Renée, dormia na casa e fazia minhas refeições com as duas e os olhares de Bella nunca foram despercebidos por mim. No começo, eu jurava que estava ficando maluco, que minha quase enteada era uma menininha e nunca faria algo assim. Bella agia sutilmente, apenas alguns olhares sugestivos, movimentos sensuais e coisas que prefiro nem lembrar agora, e obviamente, eu me fazia de louco, achando que estava imaginando tudo. Entretanto tudo mudou no dia em que Renée precisou sair mais cedo que o usual e nos deixou sozinhos para o café. Estávamos os dois sentados á mesa redonda quando Bella subiu sua mão naturalmente pela minha coxa; baixei o jornal e a olhei, que continuava inocentemente pegando colheradas do seu iogurte e lambendo a colher sugestivamente. Ela me olhou com seus olhos bem abertos e inocentes e me perguntou se eu estava com algum problema. Sabe-se lá porque eu disse “Sim” e então ela apertou levemente meu pênis por cima da calça social. É claro que bastou que sua mão pequena e delicada estivesse sobre ele para que ele começasse a se contorcer, endurecendo.
Depois desse dia, Bella parecia haver tomado uma injeção de loucura, e suas atitudes eram cada vez mais audaciosas. E ao contrário do que eu pensava, ela não se intimidou quando a mãe voltou; pelo contrário, ela parecia arriscar ainda mais. E então, três duros meses depois, Bella se instalou na condição de minha amante. Ela mesma dissera que queria isso, queria ser a outra, afinal, ela seria minha para diversão e para os momentos em que sua mãe me desse nos nervos. Renée era ótima, mas com o tempo, eu precisei me esforçar muito para não chama-la de Bella enquanto transávamos.
Após o sexo, eu e Bella ás vezes conversávamos e eu era quase um melhor amigo para ela, sempre ouvindo seus sonhos, suas motivações, tudo que a magoava e quando ela brigava com a mãe, o sexo era muito mais selvagem e furioso. Eu gostava de atribuir isso á raiva que ela sentia, mas sabia que no fundo, eu era uma forma de Bella se vingar da mãe. Descobrira isso ao chegar no momento errado, na hora de uma briga entre as duas, em que Bella acusava a mãe de ter destruído sua vida, arruinando sua família perfeita. Renée já havia me explicado tudo sobre sua separação, mas ouvir sob a perspectiva de Bella me fazia sentir pena da garotinha que viu os pais se agredirem e depois foi mandada por anos para um colégio interno para voltar com a notícia de que a mãe namorava um cara com quase a sua idade. Sempre que ela dizia essas coisas, eu apenas a abraçava e dizia que sentia muito; ela sorria, passava as unhas no meu peito, enganchava uma perna no meio das minhas e fechava os olhos, tentando cochilar. Mas na verdade, sempre que ela fechava os olhos castanhos que eu adorava, eu sabia que era a minha deixa, a hora de ir embora. Nossas escapadas aconteciam em qualquer momento válido. Se Renée estava ocupada demais trabalhando ou numa festa da empresa de que era advogada, se estava fazendo alguma viagem e algumas vezes, com ela em casa, mas trabalhando no seu ateliê de arte.
Estava no trabalho quando Bella me mandou uma mensagem dizendo que queria me ver naquela noite, que a mãe estaria ocupada com a festa na piscina que ela daria para alguns clientes da empresa e então, nós dois poderíamos ficar sozinhos no quarto dela, de Bella, obviamente. Eu não achava uma boa ideia transar com uma festa acontecendo no andar de baixo, mas havia aprendido a confiar na minha garota. Minha garota. Essas palavras soavam tão certas para mim e mais certas ainda quando eu as dizia olhando dentro dos olhos de Bella. Na verdade, eu tinha um grande medo de ser apenas uma brincadeira para ela, de ela estar comigo apenas para magoar a mãe, entretanto, quando eu a chamava desse jeito e ela me dava um sorriso tão meigo e inocente que quase não parecia ser dela, e me beijava, eu sabia que não deveria temer.