Love Hurts • Baekhyun •

Capítulo 12 - A proposta

O dia da corrida chegou. E eu estava de ressaca, uma dor de cabeça absurda e meu estômago ainda não havia se recuperado da noite anterior. Esforcei minha memória para saber se de fato tinha mesmo encontrado Baekhyun, ou tudo aquilo não passava de um sonho, mas na minha mente tudo era a mesma coisa. Não parecia real.

Nem mesmo a boate.

Muito mesmo um Baekhyun dizendo aquelas coisas.

Mas eu não podia dizer que toda a noite era mentira, pois o vestido turquesa estava lá e minha ressaca também.

Além do fato de minha mãe afirmar com convicção que graças ao nosso bom Deus, um asiático de bom coração havia me levado para casa.

Ela não havia perguntado o nome dele.

"O que ele disse?" questionei.

"Disse que estava preocupado." respondeu mamãe, dando mais atenção a cafeteira do que para mim.

"Preocupado? Mãe, quem era?" cortei uma fatia de pão e comi com uma certa ansiedade.

"Ele não me disse o nome dele, e eu estava tão nervosa que não pensei em perguntar." aproveitou para dar um sermão, virando-se para me encarar com a sobrancelha direita um pouquinho arqueada.

"O que mais ele disse?" continuei, olhando-a esperançosa.

"Alguma coisa sobre hoje ter algo importante para fazer e que deveria ir logo. Ele parecia muito abalado, e muito preocupado com você. Acho que esse garoto gosta de você...Alguma chance de ser seu namorado?" fixou-me otimista.

"Mãe, não..." comecei balançando a cabeça negativamente.

"Porque não? Ele parece um garoto bonzinho."

Mal ela sabia.

A corrida era tudo que me passava pela cabeça e esse pensamento não me abandonou durante todo o primeiro e segundo período. No colégio não havia sinal nem de Baekhyun, muito menos KyungSoo.

Onde eles estavam?

A corrida já havia acontecido?

A cada minuto eu ficava ainda mais angustiada, não conseguia me desvencilhar destes pensamentos. Imaginava o que KyungSoo faria comigo se ganhasse, então percebi que não tinha medo do que ele poderia fazer comigo, mas o que poderia fazer com Baekhyun na corrida.

Foi quando escutei meu nome, vindo de bem longe... da realidade.

"Emily!" era o professor de física, parecia preocupado com a minha distração.

Os outros alunos me encararam curiosos.

"Em que mundo estava? Acredito que seria melhor ir dar uma voltinha para tomar um ar, parece abalada e..."

O sinal tocou interrompendo-o.

Mas não era final de período, assim nenhum aluno se moveu, todos se entreolharam, alguns fixaram o relógio.

Estranho.

Do que aquilo se tratava?

"Não estão dispensados, ainda falta 30 minutos para a aula acabar. Deve ter ocorrido um problema com o sistema..."  o professor tentou entender e ao mesmo tempo explicar.

Então, uma voz divertida saiu pelos comunicadores para toda a escola.

"Ora, ora..." escutei com aflição.