UM PASSO A VITÓRIA

o começo

Cerros os punhos a medida que faço as malas, sei no fundo que isso tudo é idiota e opressor, mas na melhor das hipoteses sairei de la ferida, na pior morta. não demoro muito pra fazer as malas, alias não tem muita coisa pra levar, e posso sentir o peso no olhar dos meus avós ao saber que sua querida neta está marchando pra cova

- Se cuida lily, lembre-se da nossa causa- minha avó fala de um jeito q me faria rir, se eu não estivesse entorpecida por dentro

Aliás? já falei que isso tudo é uma idiotice? todo ano somos obrigados a  fazer diversos testes de laboratórios físicos e psicológicos para travar uma luta que nem é nossa, nosso rei  é a coisa mais repugnante que existe, nos obrigam a lutar em uma guerra a anos intermináveis, isso tudo pra alimentar sua força e poder, como se não bastasse a população que ele massacra diante dos olhos de todos que aceitam calados.

Para explicar melhor, Branci nosso país, é dividido por um sistema injusto e opressor onde poder força e riqueza são levadas em conta. os mutantes, como é chamada a laia do rei, são pessoas poderosas com um dom sobrenatural jamais visto na nossa era eles controlam tudo a nossa volta e moldam a sociedade da pior forma possível, somos escravos da sua corte e fiéis as suas regras, se não quisermos acabar com metade do corpo.

Não tenho tempo pra lamentar, e fico pensando se ser convocada pra guerra será minha benção ou me carrasco, afinal, não tenho escolha, era isso ou a morte, mesmo sabendo que eu vá morrer nas frentes de batalhas. 

Talvez sair de casa seja uma forma aliviadora de sair das presas do meu pai, e da raiva da minha mãe, mas evito pensar o máximo neles, para não chorar com as lembranças ruins.

Sou acordada  dos meus devaneios quando um carro real para na porta...