Capítulo 21

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Olho e vejo Louise me olhando boquiaberta.

— O que aconteceu? — Pergunta quando se aproxima. — Você está bem?

— Eu estou bem. — Puxo-a para um abraço. — Depois eu te conto. Agora eu preciso ir...

— Cadê o Aaron?

— Espero que esteja no inferno.

— Misericórdia. Agora eu já tenho ideia do porquê você estar toda descabelada. — Zomba.

— Olha na minha cara e vê como tá engraçado.

— Vamos. Eu te dou uma carona. — Diz e me puxa pela mão.

Sou conduzida por ela até a entrada do prédio. Avisto seu carro e nos direcionamos até ele. Sento na Mercedes e Louise dá partida. No caminho eu mando uma mensagem para Ellie, pedindo para ela ir lá em casa assim que possível.

[Aaron]


Maluca. Aquela mulher não tem o mínimo juízo. Como eu casei com ela? A filha da mãe quase me deixou infértil, cego e provavelmente deslocou a merda do meu nariz. Coloco a mão sobre o mesmo, tenciono estacar o sangue, e claro, sem sucesso.

— Gostei dela! —Willian brinca. — Que agressiva, mulher assim vale mais a pena do que outras que são mais rodadas que catraca de lotação. —Lança um olhar sugestivo à Amber.

— Está me chamando de fácil? — Reclama, incrédula.

— Eu disse isso? — Diz, com seu sarcasmo evidente.

— Vocês podem calar a boca?

Olho Amber, ela está horrível, em todos os sentidos. Com marcas de unhas no braço, as bochechas gordas encontram-se vermelhas, com marcas de mãos. E os cabelos, meu Deus, tenho até medo de olhar.

— Você está bem? — Questiono, preocupado. Acariciando cuidadosamente suas bochechas.

— Não. Não estou Aaron! Ela me agrediu, eu não fiz nada. Não sei porque ela me odeia tanto. —Seus olhos lacrimejam.

— É sério? Você nunca faz nada, não é? — Willian interfere.

— Willian, pelo amor de Deus, cala essa maldita boca. Leva ela para um hospital para dar um jeito nesses machucados.

— Eu não. Se vira cara. — Diz e sai da sala. Para na porta. — E eu acho bem feito, Emma já me ganhou, adoraria ver ela quebrando a cara dessa coisa aí. Eu vi o duro que a Emma deu pra fazer todo o trabalho, ela estava realmente se esforçando.

Droga. Meu nariz dói para caralho, minha mão está inundada de sangue. E tudo culpa da Emma, ela deve ter problemas mentais.

— Vem Amber. Vou te levar no hospital, aproveitar e dar um jeito nisso aqui. — Aponto meu nariz.

Entrelaça nossas mãos, e posso notar que segura um sorriso. Saímos da sala e as pessoas nos olham horrorizadas, outras não conseguem evitar uma risada baixa.

— Vocês são pagos para trabalhar, e não para ficar olhando a vida dos outros. — Resmungo.

Fomos até a saída, adentrando meu carro rapidamente. Dirijo até o hospital mais próximo. Somos encaminhados à uma sala, fazem uns curativos na Amber e a mesma já se encontra bem. E eu, bom, para minha sorte a desgraçada não quebrou meu nariz, só deslocou. Levo ela para casa e continuo o meu trabalho, só sinto algumas dores, mas nada que um analgésico não resolva.

Estava na minha sala resolvendo a situação de alguns contratos a serem feitos, quando alguém entra subitamente.

— Aaron, me disseram que estaria aqui. — Minha prima relata.

— Seja rápida, não tenho tempo para besteiras. — Murmuro, sem desviar o olhar dos papéis à minha frente.

— Ainda não sei como é da família, um brutamontes desse. — Diz, com os braços abaixo do peito. — Mas que raios aconteceu? Levei uma Emma furiosa para casa, o que você fez dessa vez?

— Ah, então a maluca já foi para casa? Que bom então, porque ela vai me ouvir. Eu quase fiquei sem nariz.

Sorri.

— Deixa para lá, acho que já entendi. Vi a Amber lá fora, e bem, os curativos denunciaram tudo. — Começa a rir. — Seja lá o que você e aquela vaca tenham feito, foi bem feito. Mereceram a surra, só me surpreende que a Emma não conseguiu quebrar seu nariz, uma pena, não é? — Admite.

— Se for para ficar do lado dela pode ir embora. —Digo, irritado.

— Então isso é um adeus. — Sorri cínica.

Sai dali e me deixa sozinho. Não sei porque a Emma fez aquilo, mas com certeza deve ter um bom motivo. Ela nunca perdeu a cabeça assim, pelo menos não que eu saiba. Mas ela vai me ouvir por ter quase quebrado meu nariz, ah vai. 

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