CAPÍTULO 57

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                        O baile unificado de primavera seria dali três dias, então a Constance interrompeu as aulas daquela terça-feira para que as meninas que participassem pudessem ir até a cidade fazer seus últimos arranjos, as últimas provas e aquelas, as mais atrasadas como Molly, a procurar um vestido de última hora.

- Você tem sorte por me ter, Hammond.

Revirou os olhos. Stacy nunca mais a deixaria em paz.

- Você tem sorte por ter a mim, Stacy. – Molly corrigiu. – A única razão pela qual você está indo a esse baile sou eu. O Tommy realmente não ia.

- Como se isso fosse me impedir todavia... – Stacy deu de ombros. – Mas obrigada por concordar em ir com Gus. Eu sei que ele é meio estranho, mas é só uma noite e se ele tentar te beijar você pode usar seu apito.

- Nossa, que gentileza a sua. – Molly disse revirando os olhos.

Quando elas entraram na loja que Stacy jurou que estavam todos os vestidos descentes da região, Molly desejou cavar um buraco no chão e desaparecer. Saindo com as mãos cheias de sacola vinha Zara e ela conversava com uma amiga até perceber Molly.

- Oh meu Deus, Molly Hammond! – Zara praticamente gritou, jogando os braços envolta dela para dá-la um abraço de urso. – Garota, o que houve que eu não a vejo há meses?!

- A-Levels? Ouvi falar que você estava com um tutor nas férias.

- Sim. – Zara bufou estapeando a testa. – Eu estou um pouco desesperada, mas ansiosa para o baile. Você vai, certo?

Ao seu lado Stacy começou a pigarrear para tentar chamar a atenção de Molly, mas nem ela ou Zara a prestaram um olhar. Obviamente sua colega de sala queria entender o que ela fazia conversando com a neta da Rainha.

- Sim, de última hora, mas sim. – disse sorrindo amarelo.

- Eu a convenci que ela devia dar o troco no idiota do Steve por ignorá-la há três semanas!

Molly pisou no pé de Stacy com força e enquanto a menina ao seu lado gemia e a beliscava nas costelas.

Zara contemplou a cena com evidente preocupação. Viu Molly se livrar da amiga boca grande e também fez um sinal para que Olivia, sua colega de quarto, a desse um pouco de espaço.

- Steve? – Zara repetiu com o cenho franzido.

- Ele precisava de um nome. – Molly murmurou brincando com a barra da saia. – Will aprovou o método.

- Sua amiga falava sobre "Steve" estar te ignorando há três semanas?

Para Zara aquilo parecia um pouco surreal. William não conseguia ficar longe de Molly, para ele não existia um martírio pior que aquele. Nos poucos dias que ele tinha passado em Balmoral, eles chegaram a pensar que William ia matar alguém, porque além de estar longe de Molly, as chamadas dele se tornaram limitadas e ele não podia ligar sempre que queria como normalmente fazia.

- O que aconteceu entre vocês? – indagou confusa. – Vocês se desentenderam?

- Eu queria saber dizer, Zara. – Molly deu de ombros. – Um dia o William simplesmente sumiu. Ele não ligou mais, não ficou online...

- Eu conversei com ele ontem.

- Bom, ele não ficou online para mim. – Molly murmurou olhando para os pés.

WIN SOME, LOSE SOMEOnde histórias criam vida. Descubra agora