Dia 3 - Lembranças do passado

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"Em um mundo onde foi tomado conta por monstros, não temos tempo para pensar no amanhã, temos que pensar em sobreviver no agora!!"

Ao amanhecer, ouvimos o grupo saindo da casa. De uma forma bem cautelosa, verifiquei se não fomos saqueados, se não haviam levado nossas armas, mas por fim estava tudo lá, acho que realmente eram pessoas honestas. Assim que todos saíram acordei o Matheus para irmos embora também, precisávamos pegar nosso carro antes que alguém o encontrasse.

Voltamos ao supermercado, arrumamos nossas coisas para já ficarmos preparados para sairmos, pegamos o mapa e começamos a discutir sobre qual caminho seria melhor irmos, mas ainda faltava, saber em qual cidade estávamos. Deixamos para decidirmos isso assim que estivéssemos na saída da cidade, este era o problema de um Apocalipse, estávamos perdidos, felizmente com o mapa isso iria mudar.

Fomos em direção ao outro lado da cidade para chegarmos na saída. Ficamos horas procurando, mas por sorte consegui encontrar a saída e uma placa com o nome da cidade, olhamos rapidamente o nome, "Marília" e continuamos nosso caminho, havia alguns dos monstros vagando as ruas.

Mais ou menos em uma hora chegamos em outra cidade, já aproveitei. para prestar a atenção na placa com o nome desta cidade, Chamava-se "Garça", uma cidade pequena, eu já conhecia este local, porém não vinha para cá a anos, conheci minha esposa nesta cidade em uma festa, acho que se chamava festa da cerejeira, onde havia várias apresentações sobre a cultura oriental. Como eu morava um pouco longe não voltei mais para cá, minha esposa também não queria voltar, os pais dela morreram aqui. Ela foi morar junto comigo em "Maringá", onde construímos nossas vidas e tivemos nossos filhos.

Falando em filhos, como será que meu filho deve estar, preciso encontrar ele, preciso saber como ele está ou se ele está vivo, essas horas começa a me vir um desespero e falta de ar, bem aquele tipo de agonia que não o deixar respirar.

Matheus percebeu minha situação e parou o carro no mesmo instante.

- Cara o que houve, porque você está em pânico? - Matheus me pergunta vendo o que estava acontecendo já que era impossível disfarçar minha situação, como eu estava tendo uma crise de pânico.

Respirei fundo, comecei a me acalmar, precisava colocar a situação de volta em controle.

- Obrigado Matheus, já estou me sentindo melhor, estou me acalmando, foi apenas um ataque de pânico, acabei lembrando do meu filho e o desespero falou mais auto.

- E quem consegue esquecer, estamos longe de nossos filhos. - Matheus voltou a dirigir, assim seguimos nosso caminho. Agora com dois pontos de referência já podemos nos localizarmos e saber o caminho que deveríamos seguir.

Olhando no mapa, precisávamos ir para "Brasília", era onde dizia que estava a fortaleza feita pelo exército Precisávamos decidir qual seria o caminho mais rápido.

Uma rápida pesquisa no mapa, vi que a cidade mais próxima era "Álvaro de Carvalho", mas por hoje iríamos continuarmos em "Garça" para encontrar suprimentos e passarmos a noite. Como sempre, as coisas já estavam acabando, precisávamos ver uma forma de poder estar carregando mais suprimentos.

Fomos dirigindo até o centro da cidade, aproveitamos para ir no mercado ver o que tinha lá para pegar. Assim que chegamos já deu para ver que o mercado ainda estava cheio, então já percebemos que poucas pessoas passaram por la, encontramos tudo que precisávamos, colocamos tudo dentro do carro.

Como ainda havia tempo, ainda era de dia, disse ao Matheus que conhecia a cidade e queria rever um lugar que ficava proximo ao caminho que precisávamos pegar para ir à próxima cidade.

Então peguei o carro e fui dirigindo até onde eu queria ir, fui para o "Jardim São Lucas", na rua "Phydias Castanho de Almeida", algumas casas pós a esquina de baixo, minha mulher morava lá antes de irmos morar comigo em "Maringa".
Olhando em volta, dava para ver diversas casas destruídas, caídas aos pedaços, como se tivesse acontecido bombardeios, dava para ver alguns corpos podres.

Ter vindo aqui, me fez sentir muita falta da minha mulher e minha família, cai ajoelhado no chão e comecei a chorar. Se não fosse aquele acontecimento horrível, era para minha família e eu estarmos juntos, indo atrás da fortaleza do exército, mas perdi todos, só sobrou meu filho Thomas, meu Deus, que dor enorme que sinto, preciso de forças, ainda tenho que encontrar meu filho, espero que ele esteja vivo, preciso saber dele e como ele está.

Meu Deus, se o senhor existe, me dê uma luz, me guie nesses caminhos obscuros, me ajude a encontrar meu filho, que ele esteja são e salvo, que ele esteja bem, me proteja, que nem um mal aconteça a mim para que eu poça ir até ele.

É muito doloroso tudo isso, todos estão morrendo, estão se transformando nestes monstros.

Será que alguém um dia encontrará uma cura para isso tudo, eu espero que sim...

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⏰ Última atualização: Dec 24, 2021 ⏰

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