•Rafael Miller narrando
Você se despediu de mim com o beijo mais gostoso que eu já havia sentido, provavelmente por ter sido repentino, foi óptimo.
Seus lábios rosados, eram macios e meio molhados, o que dava uma sensação óptima quando você me tocou.
Você disse que sentia muito, mas não me disse pelo o que. Eu gritei seu nome mas você saiu correndo. E eu quis ir atrás de você mas desisti quando te vi correndo como um furacão ou fugindo de algum possível ladrão.
Passei as mãos pelas têmporas e olhei para o chão, vi seu livro jogado lá e, lembrei que você o segurava quando nós estávamos juntos.
Aí, eu tive a brilhante ideia de te entregar e tentar fazer as pazes com você.
Não podia perder tempo, corri em direcção ao portão, olhei para os lados e vocês três já estavam um pouco distante.
Era a distância perfeita para eu vos seguir sem ser descoberto.
Willy e Stef estavam conversando e você meio concentrada, não falava nada com as duas meninas que estavam ao seu lado, provavelmente pensando no que há pouco acabara de acontecer.
Eu ainda não conhecia você o suficiente, para conseguir decifrar que tipo de sentimento você estava sentido, mas não era como as outras meninas que flertarvam comigo. Elas tinham os olhos brilhantes quando me viam, e um certo tipo de euforia, já você, não. E era por isso mesmo que eu achava que precisava falar com você. Eu estava pensando que você estivesse fula comigo e eu precisava me livrar desse peso, te transmitindo confiança.
Willy entrou num prédio, mas você e Stef não. Continuei vos seguindo e não demorou muito para vocês entrarem noutro, também.
Mas por quê Stefania estava entrando com você?! Quis saber, mas não liguei muito para isso. Esperei até ela descer o que demorou uma eternidade e quando Stef desceu, me escondi e esperei ela desaparecer do meu campo de visão para eu poder entrar no prédio.
Subi as escadas e me perguntei qual seria o seu andar?! Hummm, tive a brilhante ideia de ligar para Willy e pergunta-lá em que andar você estava. E graças aos céus, ela me atendeu e disse que você estava no segundo andar lado direito, sem fazer questões e nem insinuações. Óptimo!
Continuei subindo e bati a porta do segundo andar, lado direito e uma senhora, de mais ou menos de 38 anos de idade, abriu a porta.
–Boa tarde, se faz favor, a Larissa está em casa?! –Perguntei com muito respeito.
–Sim, ela está.– A senhora respondeu. –Quer que eu a chame? –Perguntou com um sorriso simpático.
Assenti, ela encostou a porta e foi ao seu encontro, enquanto eu pedia aos céus para que quando você me visse, não batesse a porta na minha cara.
Não demorou muito e você apareceu.
-Miller! - você disse e ficou boquiaberta.
- Surpresa?! - Perguntei liberando um sorriso.
- O que você está fazendo aqui?!
- É assim como você recebe as visitas?! Não vai me convidar para entrar? -Perguntei com um sorriso brincalhão nos lábios.
Você esticou sua mão, cedendo passagem e eu entrei, e como você estava diferente fora do uniforme. Você trajava uns calções jeans folgados, uma blusa de alsa azul marinho e seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo que ficava perfeitamente bem em você.
– Larissa. – chamei com a voz cabisbaixa. Você não respondeu e ergueu seu olhar de encontro aos meus. Peguei sua mão e você não recusou.
Mas me surpreendi quando seu olhar caiu levemente para meus lábios e depois para meus olhos e assim sucessivamente. Eu dei um passo a frente e peguei sua outra mão, o que me pareceu que estas, estavam geladas, agora. Vacilei um sorriso e agora quem deu o outro passo foi você, eliminado qualquer distância que existia entre nós e se eu não fosse muito alto, os nossos rostos estariam por um fio de distância. Sua respiração estava ofegante e suas mãos geladas.
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Eu Queria Que Fosse Você
Roman pour AdolescentsLarissa Bagorro, uma rapariga fechada e fria, passou seus primeiros três anos no colégio odiando Rafael por nada. Ele era colega de sala de sua melhor amiga. O rapaz charmoso e extremamente atraente entra na vida de Larissa Bagorro e a muda por com...