*Capitulo Doze*

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Horas se passaram. Ele se escondera em um armazém que encontrou após muita correria. Dean e seu grupo o procurava incessantemente.
Alexandre resolveu arriscar. Se levantou respirando fundo. Ele não tinha mais o que perder. Precisava chegar perto do inimigo, e o enfrentar.

Saindo do local ele avistou o grupo ao longe e então assobiou.

—- Só quero respostas... e irei embora!

—- Respostas sobre o que homem? Acha que irei te ouvir?

—- Acho que você deve me ouvir e me responder! O que está fazendo com aquelas pessoas?

—- Estou à procura da cura pra esse inferno!

—- E pra isso precisa sequestrar as pessoas a força?

—- Elas jamais deixariam de espontânea vontade! Mas isso não lhe diz respeito!

—- Ah claro! E eu e minha família seríamos os próximos certo??? Eu li a ficha de " iniciamento  parte III"

—- Você sabe que não posso deixá-lo ir embora certo?

—- Sei... deixe minha família em paz!

—- A cura depende de mim... e certamente depende de cobaias. Preciso de quantas pessoas aparecerem no caminho.

Alexandre apontou a arma mirando na cabeça do homem.

—- Você não vai nos levar!

—- Veremos!

Um tiro foi dado. Uma dor lacerante surgiu no peito de Barnes que caiu no chão gelado de Boston.

—- Desculpa rapaz... mas você não vai atrapalha nossa missão.

Naquele momento inesperado. Alexandre viu sua vida inteira passar por sua cabeça. Seus momentos felizes na infância com seus pais e seu irmão. Na adolescência quando bebeu sua primeira dose de whisky e passou a noite vomitando. Quando se apaixonou por Josely. Quando viu o rosto de seu filho pela primeira vez.

Tudo começava a fluir. Tudo havia sido em vão. Tudo o que passaram havia sido considerado um "nada". Ele acabaria ali, jogado no chão de Boston com um tiro no peito enquanto "mortos- vivos" provavelmente provariam de sua carne.

Sua mente vagava no céu que começava a querer respingar suas gotas de chuva.
Seu coração latejava e pulsava fraco. Ele transpirava suor frio. E sangue.
Muito sangue escorria.
Ele já estava pensando no fim idiota que sua vida teria. Naquela morte tosca e irrelevante.
A única coisa que ele sentia era Raiva. Raiva por não ter vivido tudo que queria. Raiva por ter gastado suas energias discutindo por coisas bestas. Raiva por que o mundo estava daquele jeito. Raiva por que passou por tudo aquilo para nada. E raiva por que não teria salvação.
Seus olhos se fechavam, quando uma buzina soou alta porém ao mesmo tempo distante. Bobby surgiu diante da vista embaçada de Barnes o segurando pelos braços desesperado. E então tudo ficou escuro e vazio.

A aniquilação da sociedade - O começo do fim - Livro I Onde histórias criam vida. Descubra agora