Capítulo 17 - REVELAÇÕES

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Depois que Larissa saiu da casa de Edwin ela começou a fazer uma pesquisa referente ao colégio interno na Suíça onde o filho de Evelinne se encontrava. Após alguns minutos fez uma ligação e depois ligou para Alvaro marcando um encontro. Marcaram de se ver em uma cafeteria.

- O que você quer falar comigo?- Perguntou Alvaro.

- Tenho uma bomba pra te falar sobre sua preferida! Uma não, duas.

- Se for sobre a invasão da casa dela e da morte do gatinho já tô sabendo e quer saber foi ridículo!

- É mas nessa invasão eu achei uma certidão de nascimento e adivinha de quem era?

- Quem?

- Do filho dela. Isso mesmo, ela tem um filho!

Alvaro estava perplexo.

- Nossa, mas como isso. Ela escondeu tão bem, onde está essa criança?

- Num colégio interno na Suíça.

Ao mesmo tempo que Alvaro ficou perplexo ficou contente pelo fato de que as coisas ficariam difíceis para Edwin, um filho atrapalharia o relacionamento dos dois, já que Edwin era um tanto machista. Já Larissa sabia exatamente o que fazer com aquela notícia.

- Tá mas o que você pretende me contando tudo isso?

- Simples, você precisa consolar Evelinne quando ele terminar com ela e principalmente separar eles de vez.

- Mas e se por ventura ele não terminar com ela?

- Aí deixe comigo, tenho outra carta na manga.

...

- E então Evelinne, eu quero saber sobre seu filho Benjamim Rose.

Ela e Carolina continuavam em silêncio e perplexas. Até que Evelinne gaguejou:

- Eu...Eu ia te contar no momento certo.

- Pois então diga, estou aqui pra isso e porque você nunca disse a verdade?

- É complicado...

Edwin já alterava seu tom de voz.

- Anda Evelinne, porque mentiu pra mim? Aposto que enganou até meu pai!

- Não, eu contei tudo ao Robert um pouco antes de ele entrar em coma e morrer.

Ele começou a andar de um lado para o outro impaciente.

- Eu me admiro que você sempre se passou por uma mulher honrada, andou sempre de nariz empinado e agora me vem com essa bomba!

Ela franziu a testa e disse indignada:

- Você não sabe os meus motivos pra ter escondido esse filho.

- Eu devo imaginar que você tenha vergonha dele?

Ele olhou para Carolina que permanecia calada e perguntou:

- Você sabe não é mesmo? Já que vocês se conhecem desde a faculdade. Eu lembro de você!

- Não é meu dever lhe contar a verdade Edwin.-Disse olhando para ele e em seguida para Evelinne - Eu acho que é melhor você contar tudo a ele Eve, já que vocês se acertaram e vão se casar é o melhor para o Benjamim também. Já está mais do que na hora de você tirar ele daquele colégio.

Edwin a fitava curioso.

- Bom, eu vou indo vocês tem muito pra conversar.

Ela se despediu e os dois permaneciam em silêncio. 

- Saiba que eu não vou sair daqui até você me contar toda a verdade. 

- Eu nem sei como começar.

- Pode ser do começo.

Ela deu um suspiro e disse:

- O Benjamim é seu filho!

Edwin ficou pálido e sem palavras. Ele não esperava por aquilo, na verdade ele nem queria filho, sempre imaginou que não seria um bom pai. E agora, aquele filho existia e ele só conseguiu balbuciar algumas palavras.

- Mas... Mas como?

- Aquele dia na faculdade, oito anos atrás, você estava tão bêbado e eu tão encantada com você que esquecemos de nos proteger. Depois, quando eu descobri que estava grávida eu resolvi me transferir e criar esse filho sozinha, por que eu sabia que você não ia querer saber dele e também eu estava muito magoada com tudo o que aconteceu.

Ela suspirou novamente e continuou:

- Depois por ironia do destino conheci Robert e ele me fez aquela proposta e eu aceitei porque queria me vingar por tudo o que havia sofrido. Mas eu não queria que Robert e nem você soubesse da existência dele por isso coloquei ele num colégio interno na Suíça.

- Evelinne, eu nunca pensei em ter filhos!

- Eu te entendo, se quiser fazer o DNA, eu não vou me ofender, afinal já faz oito anos e Ben tem sete.

- Isso quer dizer que se a gente não se acertasse você nunca iria falar sobre ele pra mim.

- Não.

- E ele sabe quem é o pai?

- Não, a gente não fala sobre o assunto, eu apenas digo que no tempo certo eu vou contar.

- Sinceramente eu não sei o que falar sobre isso.

Ela se aproximou dele e fez um carinho no seu rosto.

- Ele tem muito de você! Tem seus olhos, seu cabelo, seu jeito.

Edwin sorriu.

- É mesmo?

- Ele é um garoto incrível!

Ele abraçou-a e lhe deu um beijo.

- Eu quero conhecê-lo. Na verdade, não faz sentido ter ele lá naquele colégio sendo que podemos ter ele aqui com a gente.

- Tá falando sério? 

- Nunca falei tão sério! De repente algo nasceu dentro de mim, é um sentimento de ternura, não sei explicar, estou louco pra conhecer esse garoto.

Ela o abraçou e beijou-o.

- Agora mais do que logo temos que marcar a data do nosso casamento. E eu que cheguei a pensar que era sozinho no mundo agora ganho uma família num piscar de olhos.

- Pra você ver como o destino nos prega cada peça.

Ambos ficaram ali parados e passaram a noite juntos, embora Evelinne estivesse abalada com o que acontecera com seu gato, contar a verdade lhe trouxe um certo alívio, principalmente porque Edwin reagiu bem a notícia coisa do qual ela não esperava. 

Parece que Robert estava certo do seu plano ou quem sabe estava prevendo o futuro e nem sabia.


QUE REVELAÇÃO NÃO É MENINAS? AGORA SÓ RESTA AGUARDAR, POIS MAIS SURPRESAS ESTÃO POR VIR.

ENTRE O AMOR E O PODER  {COMPLETO}Onde histórias criam vida. Descubra agora