As pessoas começaram a falar comigo, eles me ajudavam, a gente ria, saia escondido, era como se eu tivesse uma família de novo, me sentia forte, protegida.
- Eu vou voar.
- Cris para! Você vai cair.
- Eu vou voar Di.
- Você está bêbada.
- Você também.
- Vem cá.
Foi como a cena de um filme, caí em cima dele, nossos rostos estavam perto, podia sentir o hálito de cerveja dele, fomos nos aproximando e aconteceu.
- Di, eu...
- Não fala nada.
Nos beijamos de novo, foi mágico, não era como os beijos com Thiago, era calmo, sem pressa, sem malícia, era amor. Achei que sabia o que era amar, mas com Dimitri era diferente, nunca fizemos o que fiz com Thiago, mas era melhor.
- Você tem mesmo que ir?
- Tenho, são as regras, eu vou fazer 16.
- Eu vou sentir sua falta.
- Vão ser só alguns meses, eu venho te buscar.
- Não vai me esquecer, né?
- Nunca, minha pequena.
Passaram-se seis meses desde que Dimitri foi embora, eu sentia falta dele, mas tinha amigos, eu me diverti mesmo sem ele. E finalmente chegou meu aniversário.
- Feliz aniversário!
- Parabéns.
- Tudo de bom, Cris!
Teve bolo, teve festa, teve risadas. No dia seguinte, recebi uma quantia de R$ 300,00 e um desejo de boa sorte. Sai e fiquei no portão,esperando Dimitri.
- Oi, meu amor!
- Thiago?
- Esperava outra pessoa?
- Não, é que...
- Não parece feliz em me ver.
- Eu estou, claro. Só não sabia que viria me buscar.
- Eu não ia te abandonar, meu amor. Agora entra no carro.
- Não espera...
- Eu mandei entrar no carro.
Ele cortou meu rosto com uma faca, ainda sinto a dor como se fosse hoje.
- Me perdoa, mas não posso permitir que me desautorize na frente dos meus empregados.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Abusada
Ficção HistóricaA culpa é minha, eu não sou boa o suficiente, eu pedi, eu, eu, EU!