O grandão misterioso.

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Fizemos o desembarque em uma outra praia que tinha ali na cidade. Logo ali na calçada via-se uma placa dizendo : Bem vindo a East Hampton.
Então o primeiro passo já demos.

Da vista ali, percebe-se que East Hampton é uma cidadezinha super aconchegante. Com uma bela praia e cercada de belas casinhas e apartamentos. Não tinha cara de ser hábitat de monstros. Mas pensando bem, a cidade de New York também não tem.

– Tá. Cara de lesma para onde vamos agora? – perguntou Percy com a falta de paciência nítida em seu tom.

Ele pareceu o único que não ficou babando ao observar a cidade. Mas também não é para menos,  considerando que a vida de sua namorada está por um triz...

O carinha de lesma seguiu para longe da praia com a gente na cola.

Subimos um morro um pouco mais afastado da cidade. Por que sempre morros?
Até o tom de verde da natureza ali era uma graça.
Mas uma coisa estava começando a ficar esquisita depois que chegamos no alto: a temperatura parece estar diminuindo demais.

Por que isso se o dia hoje está ensolarado e lá em baixo sentimos que devia estar mais ou menos uns 28° C?

– Que mudança climática repentina é esse gente? – perguntou Leo praticamente aos berros.
– Shh. – sinalizou Piper
– Sinto cheiro de monstros! – avisou Tyson.
– Eu também estou sentindo. – disse Grover – e não são poucos.

Aí mãe Afrodite!

– Vocês sabem dizer a qual distância? – perguntei já sentindo um nó na garganta.
– Estão se aproximando. – respondeu Tyson.

Mas na verdade, deu para notar, que quem estava se aproximando éramos nós a cada passo que dávamos.

– Temos que parar agora! – eu exclamei.
– Louisy não podemos parar agora. É sério, vai ser pior se ficarmos parados. – disse Piper em um tom meio impaciente e apreensivo.
– Como assim vai ser pior se ficarmos parados? – eu parei e levantei os braços – Será que pelo menos não existe outro atalho para não passarmos por eles... Ei! – eu chamei o cara de lesma que se virou para mim.
– Existe outro caminho que esteja livre do seu bando?

A criatura balançou o dedo indicador negativamente.

Ótimo! Não podia ser pior!

– Espero que não tenha mais girpêras. – sussurei quase que para mim mesma.
Mas uma mão foi colocada na minha cintura. Me virei alarmada e paranóica ao mesmo tempo.
Era Nico.

– Não se preocupe. Estou com você!

Sorri para ele. Foi só o que consegui fazer. Estava feliz por estar cercada de pessoas que em pouco tempo demonstraram lealdade a mim e agora meu coração acendia toda vez que Nico di Angelo me tocava.
Ainda não sei de meus sentimentos com relação a ele, pois tem pouco tempo em que o conheci, mas de uma hora para outra, acho que seremos mais que amigos.

Quando entramos em um caminho estreito que era cercado de árvores senti que estava literalmente congelando. Leo imediatamente produziu fogo por todo seu corpo, o que ajudou a nos aquecer.
O chão estava congelado.

Será que aqui é o reino da Frozen?

Eu quase dei risada desse meu pensamento irônico naquela circunstância. Mas um barulho estrondoso me fez sobressaltar.

BUM!

– Mas o que... ? – começou Jason. Mas se interrompeu ao conseguir olhar para o ser que aterrisou uns 10 metros a frente de nós.

De onde estava dava para ver que o homem tinha pelo menos uns 3 metros de altura. Era careca e tinha uma enorme barbicha. Sua pele era levemente bronzeada e ele vestia armadura de combate.

– Quem é você? – gritou Percy sacando sua espada.
– Eu é que tenho direito aqui de fazer essa pergunta! – exclamou o homem com a voz profunda enquanto se aproximava em passos largos e estrondosos. Em questão de segundos ele já estava bem perto de nós com a cara trancada.
– Quem deu permissão para vocês entrarem em nosso domínio?

Nosso?!

– Nós viemos buscar Annabeth. – respondi com a voz falha.

O homem gigante olhou para mim.

– Eu não perguntei o que vieram fazer aqui. Perguntei quem deu permissão para entrarem aqui.
– Não precisamos de permissão. – respondeu Percy sem medo nenhum em seu tom. – Vocês não pediram permissão para levar Annabeth então não devem exigir para que alguém entre aqui também.

Piper deu um chute em sua canela. Mas Percy não pareceu notar.
O homem deu um leve sorrisinho torto.

– Ora, ora, ora. Corajoso você. Filho de Poseidon! Admiro isso. Mas você está sendo ingênuo. Para sua informação, nós não planejamos capturar a filha de Atena. Aconteceu apenas de ela estar dando um passeio pela cidade e ter o infeliz azar de passar por aqui. Qual é a dela afinal? A vista de baixo não era suficiente? É isso que acontece com quem é curioso demais. E minha filha, ah minha querida filha, não é piedosa.
– Você tem filha? – perguntou Piper antes de mim.
– Sim, eu tenho. Mas vocês, ao contrário da filha de Atena, terão a sorte de morrerem antes de conhecê - lá.

O homem então levantou o braço grande para o alto e várias girpêras, cara de lesmas, centopeias gigantes apareceram.
Todos nós nos preparamos. Imediatamente saquei Loverthemes.

Agora é a hora de honrar o nome de Afrodite!

Diário de uma SemideusaOnde histórias criam vida. Descubra agora