William
Abri meus olhos passei a mão pelo criado e peguei meu celular, apertei bem o olho e olhei a hora, três e meia da tarde.
— Oh meu Deus, dormi demais.
Olhei para o lado e Mai dormia ainda, olhei o celular de novo, 22 ligações de Diego.
— Quem morreu? Pra ele ligar tanto. — Perguntei ara mim mesmo e Maite acordou assustada.
— Que? Quem morreu? — Gargalhei e dei um selinho. — Bom dia. — Ela disse esfregando os olhos.
— Boa tarde tu quer dizer né? Já são três e meia. E não, ninguém morreu, é que tem 22 ligações do seu pai no meu celular.
— Nossa. — Ela pegou o dela e olhou o visor. — Égua, 18 ligações da mãe. Vou ligar pra ela. — Maite discou o número de Monica e colocou o celular no viva voz.
— Oh graças a Deus, onde você se enfiou filha? Eu e seu pai estamos louco de preocupação, porque não atendeu o celular?
— Oh mãe, em nenhum momento passou pela cabeça de vocês, que eu poderia estar com o meu noivo e dormindo? — Maite perguntou irritada e eu fiquei com dó de Monica, afinal eu tenho filhos e se Kailey sumisse assim, com certeza eu ficaria doido.
— Maite, não gosto nada de você dormindo na casa dele, vocês não casaram ainda.
— Oh mãe, lembra que até gravida eu já estive? Não sou mais nenhuma virgem, portanto não tem que se preocupar. — Fiz sinal com a mão pra Maite acalmar e ela me fulminou com os olhos.
— Monica perdão, é que acordamos agora e só agora vimos as ligações, nos perdoe tá? E não se preocupe eu cuido bem da minha princesa. — Maite suavizou a expressão.
— Eu sei que você cuida muito bem e é isso que eu acho estranho, porque não esperam o casamento? Maite, eu quero você em casa, entendeu? — Maite bufou e eu respondi.
— Claro Monica, eu vou levar ela de volta. — Desligamos.
— Eu morro e não vejo tudo, nunca cuidaram de mim, agora querem cuidar? Me poupe. — Puxei ela para o meio das minhas pernas, de modo que ficasse com as costas colada no meu peito, tirei o cabelo dos ombros dela e fiquei espalhando beijinhos pelo rosto, ombro e pescoço, enquanto conversávamos.
— Você fica tão linda quando está brava. — Ela deu um tapinha no um braço e eu a apertei. — Ai vida, amanhã acaba minha mamata, aula no colégio de manhã, academia à tarde e universidade à noite.
— Oin, meu deusi. — Ela imitou uma voz fofa de neném e se virou um pouco para me olhar. — Pra que trabalhar tanto?
— Eu gosto.
— Eu sei amor, e quando casarmos, eu vou me encarregar de fazer massagem em ti todos os dias depois do trabalho.
— É? — Perguntei sorrindo e a beijei com ternura em seguida. — Não vejo a hora, já quero ver a casa para comprar, estou muito ansioso.
— Sim, poderíamos ir no sábado, porque essa semana será cheia, vou procurar meu vestido e começar os preparativos, temos pouco tempo.
— É verdade. — Vem vamos tomar um banho e depois vou te levar em casa.
UM MÊS DEPOIS.
Eu estava comendo as unhas de nervoso, ansioso pra ver minha irmã, não sei se vou conseguir não chorar, pois a minha irmã, minha parceira de todas as horas, a perturbada que vivia me xingando para eu fazer a coisa certa, hoje está casando e por mais que eu tenha ido contra no começo, hoje tenho que admitir que nunca vi minha irmã tão feliz e até admito que o Jamie é o cara.
Quando me virei e olhei para a escada, não pude deixar de me emocionar ao ver minha irmã descendo, linda em seu vestido branco.
— Para de chorar seu cuzão, ta vendo que não posso chorar porque senão borra a maquiagem?
— Você está linda.
— Obrigada, na verdade quero agradecer por você sempre ter sido o meu alicerce, meu melhor amigo, eu te amo.
— Tá bom, agora já pode calar a boca, porque senão eu não vou parar de chorar. — Ela sorriu e fomos para o local da cerimônia.
Quando chegamos ao local e quando a marcha nupcial iniciou, eu conduzi minha irmã até o homem que a faria feliz por toda a vida.
Maite
Estava tudo tão lindo, Suellen e Jamie estavam lindos demais.
Me senti meio incomodada, porque Elizabeth estava no casamento, sei que não era o desejo da Suh, mas a Dona Barbara convidou. O Thoppy e a Kailey estavam um encanto.
Depois de entregar Suellen ao Jamie, William veio sentar perto de mim, e as crianças vieram pra perto de nós também.
— Amor, você não acha que tá muito grande esse decote? — William perguntou baixinho.
— Não enche, a mãe dos teus filhos está maior do que o meu. — Deixei escapar.
— Tá com ciúmes? — Fechei a cara e revirei os olhos. — Tu sabe que eu só tenho olhos pra ti né? E a propósito, eu estou ficando louco já, de tão linda que você está.
— Respeita a cerimônia de casamento da tua irmã.
— Tu acha que ela vai respeitar a minha? — Prendi os lábios para não rir e foquei no Padre.
— Eu vos declaro marido e mulher, pode beijar a noiva.
Todos aplaudiram os noivos, felicitamos eles e fomos curtir a festa, Danilo e Fernanda eram só amor, coisa mais linda. Curtimos muito, a festa estava bombando com direito a DJ e tudo, por volta das quatro da manhã nos despedimos dos noivos, eles iriam para rochosas no Canadá.
— Muitas felicidades minha cunhada e meu amigo do coração, eu amo vocês e com a mesma força que amo, desejo tudo de melhor, curtam bastante a lua de mel.
— Obrigada, eu também te amo. — Nos abraçamos e a manteiga derretida do William, ficou uns dez minutos abraçado a irmã.
— Vão com Deus.
Eles foram e nós ficamos ali curtindo aquela festa até de manhã, e a continuação vocês já sabem, festa particular com certeza. Vou poupá-los dos detalhes sórdidos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
UM AMOR QUASE IMPOSSÍVEL - COMPLETA
RomanceMaite Perroni é uma jovem de 17 anos que mora com a mãe em Porto Alegre. Seus pais são donos de uma rede de academia e são separados a sete anos e, se pegam também a sete anos. Todo mês, quando se reúnem para o fechamento de caixa, se envolvem. E...