》vinte e sete《

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O corredor como sempre estava movimentado e o assunto não era outro, além, do corpo que havia chegado ao necrotério. Os médicos e enfermeiros iam rapidamente para espiar o corpo antes de começarem a autópsia. Ouvia-se murmúrios, de que uma turma de um curso de medicina da universidade da cidade vizinha, estava chegando na cidade só para assistir a autópsia junto aos policiais. Kunpimook estava no meio e não gostava nem um pouco de necrotérios e muito menos de mortos.

Jackson havia seguido para um lado e Kunpimook para outro. Quando chegou ao andar do quarto de Kaya olhou tudo ao redor, e o corredor estava movimentado, mas não muito. Entrou no quarto e o viu vazio, mas logo reconheceu a bolsa marrom que Louise, mãe de Kaya, sempre carregava com sigo.

Entrou no cômodo e observou Kaya dormir, já que esse era o seu estado... Pressa em um sono sem sonhos, pois quem poderia passar seis anos em um sonho se não em um pesadelo?

As atenções no estado de Kaya estavam ainda maiores, ainda mais depois da parada cardiorrespiratória.

Viu a mão com a queimadura do ácido que ele mesmo havia jogado nela. Jackson preferia mil vezes voltar para os anos de ameaças e brigas, do que àquilo. Jackson ainda não conseguia compreender como ela tinha entrado naquele sono, que não parecia ter fim.

Segundo Lalisa não tinha nada a ver com tocar a coisa, o fato do sono era outro e pior, que era isso que ela havia visto na noite em que tocou Kaya e viu coisa terríveis.

Ouviu a porta de abrir e se virou esperando ver Louise, mas quem viu fez Jackson estremecer da cabeça aos pés. Diana estava a sua frente. Os cabelos castanhos claros, pele amarelada, os olhos escuros e a expressão mortal que Diana sempre teve.

- Quem é você? - perguntou olhando-o desconfiado.

- ‎Jackson - disse sem desviar o olhar.

- ‎O que quê você está fazendo aqui? Já não basta o teu irmão ter quase a matado ontem com a visita dele, agora você? - Ela cuspiu as palavras contra Jackson.

- ‎Fala como se James tivesse culpa... - suspirou ficando de costas para a mulher.

- ‎Teve sim, assim como você tem em deixá-la ficar nesse estado, ou você acha que eu acredito nessa história que ela caiu e você a achou desacordada no meio da floresta? - Diana parecia se controlar para não gritar ou avançar em Jackson. - E ainda usou a minha avó como cúmplice... - A mulher riu sem humor algum. - O que você disse para convencer à velha? O que você fez para ela aceitar a mentir por você?

- ‎Eu não fiz nada. Se você não tem um bom relacionamento com a sua família, não ache que os outros que você mal conhece e não tem convívio, são subordinados para contar histórias absurdas só por que o outro quer - Jackson se virou a olhando.

- ‎Eu conheço o seu histórico de brigas com a Kaya. Sei que vocês nunca se deram bem. Não duvido nada que você quase a matou naquela noite.

- ‎Eu estava tentando acha-la e quando a... Quando a achei ela já estava desacordada. Independente do que aconteceu, não foi minha culpa! - Jackson disse com um tom um pouco mais alto, tentando não gritar com Diana.

- ‎Seja sincero Jackson. Diga a verdade, a mim, só a verdade... Você põe as pessoas ao seu redor em perigo, ou devo te lembrar daquela noite em que a coisa gigante de olhos azuis que atacou o seu primo e quase o matou, é culpa sua Jackson, e mais uma vez você expôs Kaya ao perigo, assim como o seu primo, pois, só basta passar um tempo a sua companhia que todos estão fadados a experimentar a morte de perto. - Os olhos escuros de Diana estavam presos em Jackson. - Você deveria ter morrido quando caiu naquele lago...

Aurora 》Got7《Onde histórias criam vida. Descubra agora