Miami - Flórida / U.S.A /
26 de Março 2015Camila Cabello P.O.V
Não pensei que esse dia seria tão difícil. Depois de anos projetanto cada detalhe deste momento, tudo o que era certo parecia duvidoso
A mala era pequena, porém em bom estado. Fui dobrando com cuidado as poucas peças de roupa que eu tinha . As mãos trêmulas deixavam cair todo e qualquer item pequeno.
Tudo ia ao chão, uma, duas vezes, perdi as contas. Era a incerteza á flor da pele. Meus olhos inquetos á busca de cada par de brincos na cômoda encontraram o espelho enferrujado com quem eu conversei por tantos anos
Por um momento parei e fiquei olhando minha imagem no espelho. Era incrível com meu cabelo castanho escuro e levemente ondulado estava longo, já que tia Liz nunca permitiu que eles alcançasse minha barriga. Método de prevenção aos piolhos.
Meus olhos castanhos estavam opacos diante das olheiras horrorosas pelas semanas sem dormir direito. Eu estava gastando minhas noites para arquitetar o início do que eu chamava de vida.
A minha vida estava para começar.
Eu precisava ser cuidadosa. Já bastavam os erros daqueles que me geraram e me abandonaram, sabe-se lá por qual motivo, em um abrigo para órfãos. Sinto-me como se tivesse vivido lá por oitenta anos ao invés de dezoito. Vivido nâo. Sobrevivido.
Mas agora tudo seria diferente. Eu estava no controle e nada nem ninguém me impediria de escrever a minha história com a minha própia caneta.
Durante todos os anos ali, pude pensar, pesquisar e decidir qye caminho seguir, e agora, a poucas horas do meu renascimento, o meu plano que era seguro simplesmente parecia incerto, como dirigir com forte neblina, sem enxergar as curvas, os obstáculos e os outros carros.
Camila não seja estúpida, você fez suas escolhar, seja mulher - eu repetia a mesma frase inúmeras vezes, tentando me convencer das minhas própias decisões. Perdida em meus pensamentos encontrei um rosto tímido a me observar, seus olhos acompanhavam com rapidez a corrida que acontecia no quarto.
- Só vai ficar me olhando ou vai me ajudar? - Falei com tom firme, rosto franzido e braçps cruzados. Ally começou a gargalhar. Pelo jeito a minha moral não estava muito boa com a minha colega de quarto. - Vem cá no meu colo, minha gatinha - Eu a cobri de beijos e cócegas em seguida. Ela era a relação mais parecida com a de uma família. Era a pessoa com quem eu tinha mais intimidade no mundo.
Quando ela chegou, tinha apenas seis anos, mas aparentava ter quatro. Ally sempre foi muito pequena. Encantei-me por ela logo de primeira apesar sas marcas de espancamentos pelo rosto e corpo. A princípio, ela nãoo falava. Nada. Nem uma palavra sequer. Os pais violentos lhe tiraram os motivos para se cominicar. E orgulhosamente posso dizer que ajudei muoto no processo inverso. Vê-la hoje falando, cantando e gargalhando é um troféu para mim. Mas agora não íamos passar mais nenhuma noite juntas. Não até ela completar dezoito anos, daqui a três anos.
- O almoço está pronto - disse Ally tentando ignorar o fato de que eu estava praticanente se saída e que não mais seríamos aquela dupla inseparável.
- Eu já estou indo, só preciso por na mala os meus sapatos. - falei enquanto me abaixava para olhar debaixo da cama.
- Eu acho que eles não vão caber nesta mala - respondeu com tom de deboche, já que eu só tinha um par de tênis velhos e um de sapatos usados que a Tia Liz conseguirá para eu usar no novo trabalho na nova cidadr.
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The Gallows Rope
FanfictionCompletar dezoito anos é uma data muito almejada para qualquer jovem, porém para Camila a emoção é diferente. Orfão e sem parentes, ela deixa seu abrigo em Miami e se aventura na impetuosa cidade de Nova York. O sofá velho de um amigo foi sua unica...