Camila: o que houve?
Nora: porq você tá chorando, amiga?
Lorena não parava de chorar.
Denise: Lore?
Lorena: eu não consegui ficar lá, gente.
Camila: mas porq?
Lorena: ele não lembra quem eu sou, meninas.
As meninas se olharam e não sabiam o que dizer.
Isabel: você fingiu que não lembrava dela, filho?
Felipe: o que mais eu podia fazer, mãe?
Isabel: filho, essa menina te ama.
Felipe: se ela me amasse, não tinha arrumado um novo namorado.
Isabel: ela achou que você não fosse acordar mais, Felipe.
Felipe fitou uma parede.
Isabel: eu mesma fiquei chateada com ela, mas dá pra entender o que passou na cabeça dela, filho.
Felipe: a senhora estava aqui, mãe. O tempo todo.
Isabel: você é meu filho. É diferente.
Felipe: eu não teria desistido dela.
Isabel: você não sabe disso. — Isabel segurou a mão de Felipe — só saberia se passasse pelo mesmo.
Felipe não disse mais nada.
Leo: alô?
Alice: onde você tava, Leo?
Leo: tava assistindo.
Alice: eu te deixei umas mil mensagens.
Leo: eu não vi. Desculpa!
Alice: tudo bem. Você não soube?
Leo não disse nada.
Alice: o Felipe acordou.
Leo: sério?
Alice: aham. Vem pro hospital agora.
Leo: eu não sei se quero ir, Ally.
Alice: porq?
Leo: não estou me sentindo bem.
Alice: o que você tem?
Leo: depois a gente conversa, ok?
Alice: Leo..
Leo desligou e começou a chorar. Ele ficou feliz por Felipe, claro, e por Lorena também, que havia recuperado o amor da sua vida. Mas e ele? Leo não teria o amor da sua vida de volta e isso o deixava mal.
Mário: tia?
Isabel encarou Mário, que tinha uma expressão de susto no rosto.
Isabel: aconteceu alguma coisa? Tá mais branco que de costume.
Mário: o médico quer falar com a senhora.
Isabel: ok. Fica aqui com o Felipe.
Mário entrou no quarto e Isabel foi atrás do médico.
Médico: eu tava procurando a senhora.
Isabel: meu sobrinho me disse. O que houve, doutor?
Médico: na verdade há algo sim.
Isabel: meu filho tá bem?
Médico: o seu filho tá ótimo, dona Isabel.
Isabel não entendeu porq então o médico parecia tão apreensivo.
Médico: mas alguém desligou o monitor cardíaco do seu filho.
Isabel: acho que eu não entendi, doutor.
Médico: alguém tentou matar o seu filho.
Isabel: o quê? — Isabel sentiu algo no estômago quando o doutor falou aquilo — mas isso é... isso é impossível.
