- Ah, vamos lá. - Me virei para encará-lo, cruzando os braços. - Você já encarou o meu pai e os meus tios. Isso é muito mais fácil.
- Mas eu não posso ficar nervoso do mesmo jeito? - Ele perguntou sem olhar para mim e bufou, o cenho franzido, parecendo irritado.
- Pode desistir se quiser. - Dei de ombros e me ajeitei novamente no banco.
Ele me olhou de rabo de olho, curioso. Te peguei, baby.
- Posso? - Ele perguntou desconfiado. Dava para ver que ele ainda tinha esperanças.
- Claro que pode. Pode dar a volta com esse carro agora mesmo se quiser. - Respondi com a voz neutra. Então me virei para frente, somente encarando a estrada. - Só vai ter que desistir de mim também.
- Juro que quando isso acabar e estivermos de volta a LA, eu te afogo na jacuzzi.
Ri e o beijei na bochecha. Ele rolou os olhos, mas notei um sorriso de canto ali. Aquele mesmo sorriso de canto que sempre me deixou sem fôlego, até mesmo quando ele era somente um pôster na minha parede. Alguns segundos depois ele desceu uma das mãos do volante até a minha mão, que estava apoiada em minha coxa, e a apertou. Seus cabelos loiros brilhavam com o sol que entrava pelo vidro e eu ainda me perguntava se tudo aquilo era realmente real.
°°°
Apertei sua mão assim que ele estacionou em frente à casa amarela, modesta mas muito aconchegante. Algumas pessoas, que eu reconheci como meu padrasto e o irmão, estavam conversando e rindo na varanda do segundo andar.
- Vai dar tudo certo. - Assegurei e saímos do carro.
Assim que nos viu, meu padrasto acenou e gritou:
- Olha só quem chegou! Amor, vem cá! Eles chegaram!
Sorri instantaneamente e apertei a mão de Ross mais forte. Mal colocamos os pés dentro de casa e minha mãe veio logo nos receber, me abraçando forte.
- Que saudade do meu bebê!
- Mãe! - Reclamei e me afastei um pouco, ainda presa no abraço de mamãe-ursa. Semicerrei os olhos. - Se ele soubesse português eu te matava.
- O que me lembra... - Ela me lançou um sorriso malicioso e finalmente me soltou, para no segundo seguinte abrir os braços para Ross.
O loiro sorriu largamente e logo a abraçou. Era engraçado como Ross adorava a minha mãe e como às vezes eu achava que ela até gostava mais dele do que de mim.
- Olá, senhora... - Ele começou a falar, mas minha mãe o interrompeu.
- Quantas vezes eu vou ter que falar, menino? - Ela falou em inglês e deu um tapa de brincadeira no ombro dele. - É só (nome da sua mãe).
- Tudo bem, (nome da sua mãe). - Ele disse, pronunciando o nome da minha mãe com aquele sotaque fofo, e sorriu timidamente. Mordi o lábio inferior, contendo um riso e o abracei pela cintura. Ele sorriu para mim e colocou um braço ao redor de meus ombros.
- Vocês são tão lindos. - Minha mãe comentou e nós rimos.
Mal tive tempo de falar qualquer coisa, porque a sala começou a se encher rapidamente. Cumprimentei todos ali, que eram basicamente a família toda do meu padrasto. Provavelmente minha mãe já tinha avisado todo mundo sobre o Ross não falar português, porque sempre que alguém ia cumprimentá-lo, falava em inglês.
- Então esse é o famoso Ross, hein? - Meu padrasto se aproximou sorrindo.
Sussurrei rapidamente a tradução no ouvido do loiro antes dele responder:
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Pass Me By (Imagine Ross Lynch)
RomanceVocê já se imaginou namorando o ator e músico Ross Lynch? Porque, bem, eu já. E acho que muitas outras R5ers também. Divirta-se lendo essa oneshot total e intencionalmente clichê e se imaginando nem que seja por alguns minutinhos dentro desse univer...