Prólogo

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Caso 1 - Corpo no Jardim
(Parte 1)

A cidade de Grimsborough nunca fora tão calma naquela noite.
Uma neblina cobria o céu e mal dava para ver as nuvens fortes que indicavam chegada de chuva.
Por volta das onze horas da noite, um carro azul claro passava em frente ao pátio do ferro velho da cidade, parando quando observa o sinal fechado.
Ned Dillard era quem dirigia o veículo, ele era um vigarista proprietário de terras que havia acabado de enganar outro cliente.
Ned era um homem de cabelos lisos branqueados com olhos azuis e óculos quadrados, sua pele era branca e pequenas rugas cresciam em torno de seu rosto; ele usava um terno de cor bege e gravata preta.
Quando o sinal se abrira, Ned começa novamente a dirigir em quarenta por hora, mesmo sendo um homem ocupado, ele sempre dirigia lentamente.
De repente, como um grande baque, o carro do proprietário para em meio a estrada, quase fazendo com que Ned Dillard batesse seu rosto no volante.
- Mas o que...? - Murmura ele, tentando fazer o carro funcionar - Que droga! - Dillard bate sua mão no volante raivosamente, a qual ele estava prestes a perder.
O velho senhor sai de seu carro para examiná-lo, e é neste exato momento em que ele é sequestrado.
Uma figura que não pode-se identificar diante da escuridão da noite aparecera de repente, colocando sobre a cabeça de Dillard uma sacola plástica.
- SOCORRO! - Gritava Ned, tentando se retorcer diante da situação, porém, a pessoa que o segurava parecia ser mais forte que ele - SOCOrro! - Já sem fôlego, ele desmaia no asfalto da estrada.
O sequestrador carregava o vigarista pela rua em direção ao pátio do ferro velho.
Ele levou Ned para a velha casa abandonada do pátio e com agressividade, jogou a vítima na banheira do banheiro sujo, a qual estava vazia; ele rasga as roupas do velho senhor até deixá-lo completamente nu na banheira, seus olhos estavam repletos de raiva e rancor da vítima, e não pararia por aí.
Mesmo cansado, ele não desistiu, se dirigiu até a sala da casa e pegou um objeto escondido entre o sofá, a arma do crime, a que ele usaria para assassinar a vítima.
Com um ataque brutal, o assassino decepa mão de Ned Dillard, que este acorda rapidamente, e, mesmo sem entender o que estava acontecendo, tentava escapar de sua futura morte.
O assassino se senta na privada do banheiro enquanto observa lentamente á morte de sua vítima; ele larga a arma no meio do banheiro sujo e se dirige para fora da casa, ele observa se há alguma pessoa na rua, porém, esta estava completamente calma, e vazia.
Ele correu até um carro velho que se encontrava estacionado em frente a casa e abriu seu capô, colocando sobre ele a mão decepada.
Voltando à casa, ele se senta no sofá, enquanto ouve os últimos suspiros de Ned Dillard.

***

Quando o primeiro raio de sol refletia pela janela da casa abandonada, o assassino se dera conta de que em meio á um crime, ele pode conseguir dormir na fria noite.
Rapidamente ele se levanta e começa a realizar a segunda parte de seu plano. Ele se dirige a um canto da sala e resgata uma garrafa de líquido inflamável, que ele usaria para queimar o corpo da vítima, fazendo com que não houvesse provas contra ele.
O assassino corre para o banheiro e quando estava prestes a queimar o corpo de Ned Dillard, pode-se ouvir um grito do lado de fora da casa.
- POR DEUS!
O assassino, assustado, foge correndo pela janela do banheiro, deixando cair a garrafa inflamável e sumindo pela grande cidade.
Do lado de fora da casa, Dave Simmons, um corretor de imóveis de Grimsborough, observava horrorizado a mão decepada da vítima dentro do capô do carro.
- Alô, polícia! Quero fazer uma ocorrência!

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