Christian
Uma semana e nada de Phoebe. Ana e eu não conseguimos voltar para nossa casa sem a nossa filha.
Ágatha está melhor, teve um pequeno trauma na cabeça porém não sabe explicar como tudo aconteceu. Quando ela viu já tinha sido rendida com uma pancada na cabeça. Ela está arrasada por não ter conseguido salvar Phoebe.
Minha mulher está cada dia mais se desfazendo. Ver Ana sucumbir dessa maneira, está me quebrando aos poucos. Ela chora o dia inteiro, não tem se alimentado direito o sofrimento está destruindo minha mulher, eu me sinto um inútil de não conseguir fazer nada. A sensação de impotência está me sufocando.
— Senhor Grey tem certeza de que o senhor não se lembra de ninguém em potencial para ter feito isso com a sua família? – pela milésima vez o inspetor me pergunta.
— Não tenho a mínima ideia – respondo introspectivo.
— Eu realmente não entendo uma semana, já era para alguém ter ligado pedindo o resgate – o detetive esfregar seu queixo. Ele junto a polícia tem feito um ótimo trabalho. Mal tiveram tempo para descansar.
— O pior de tudo isso é justamente não receber nem um tipo de ligação – bato mesa do escritório dos meus pais. Eu quero minha filha. Uma lágrima solitária escore por meu rosto.
Espalhamos fotos de Phoebe em todos os jornais e meios de comunicação entretanto até agora nada. A polícia federal foi acionada também e todos estão em alerta.
Eu preciso ir até Ana ela esta deitada já que não tem tido força para nada. Não se alimenta e quando o faz coloca metade para fora. Ela tem estado tão abatida que me preocupa o fato dela estar grávida.
— Alguma notícia – sussurra assim que entro no meu antigo quarto. Mordo os lábios em uma triste linha fina. Seus olhos lacrimejam.
— Eu não aguento mais Christian eu quero encontrar minha filha – chora desesperadamente. Sua dor reflete em mim eu estou em pedaços.
Sento ao seu lado na cama e a envolvo em meu meus braços.
— Eu também princesa eu quero minha princesinha, eu preciso dela – minha voz embarga por causa do choro oprimido. Eu preciso ser forte por Phoebe e por Anastasia.
— Christian nem uma ligação – ela funga Ana está cansada não vem dormindo absolutamente nada. Seu corpo está cansado.
— Não princesa – a aperto em meus braços — É isso que mais tem intrigado os investigadores – explico a deixando a par da situação.
— Eu não quero pensar o pior – soluça em meio as lágrimas.
— Não diga isso meu amor ela está viva eu sei disso. Eu posso sentir – afirmo. Eu tenho esperanças de encontrar nossa principal bem.
— Que assim seja – funga limpando as lágrimas — Eu não suportaria outra perda dessa magnitude – chora copiosamente.Fico com Ana em meus braços embalando-a, como um bebê. Ela finalmente pega no sono. Eu gostaria de ter o poder de acabar com esse sofrimento, contudo estou impotente diante de tudo isso. Sinto seu corpo ficar pesado sobre mim. Ela está cansada e abatida, foi vencida pela exaustão. Decido não me mexer ela precisa descansar pelo menos um pouco. Se eu me movimentar ela vai despertar e esse pouco tempo de repouso fará bem a ela.
...Acordo com meu corpo dolorido. A exaustão também me pegou. Adormeci sentado com Ana aninhada em meus braços. O dia já anoiteceu – por quantas horas será que eu dormi? – não sei ao certo, entretanto foi bom nos precisávamos descansar um pouco. Não sabemos quando esse pesadelo vai acabar.
Anastasia
Choro copiosamente nos braços do meu marido. Eu não estou tendo forças para nada, minha vida não tem sentido algum sem minha filha. Não estou sabendo lidar com tudo isso. Não estou pronta para mais uma perda. Eu quero minha bebê só isso. Começo clamar através de uma oração silenciosa para que esse pesadelo acabe. Christian me mantém segura em seus braços. Eu não terei estrutura para cuidar desse bebê que está a caminho se Phoebe não aparecer. Fecho meus olhos clamando por uma intervenção divina. Não sei como mais meu corpo vai relaxando conforme Christian me embala em seus braços. O cansaço de dias sem dormir me toma violentamente. Tento em vão abrir meus olhos...
— Você está fora de si? – um homem rosna.
— Eu o perdi, eu o perdi para sempre – uma mulher chora profundamente.
— Você tem noção do que está fazendo? – o homem parece furioso.
— Eu só quero cuidar bem dela – funga limpando as lágrimas — Ela foi tudo o que me restou.
— Você... você só pode estar louca – ele fecha os punhos.
Ela fecha os olhos e as lágrimas escorrem por seu rosto.
Quando eu olho em volta da sala escura, Phoebe está dormindo em um cesto...
— Phoebe – grito, meu coração acelera — Phoebe – chamo mais uma vez — Minha filha – estendo meu braço para alcança-lá, mas é em vão não consigo tocar nela. O despero me bate. O choro corre livre por meu rosto —Phoebe – é tudo que eu consigo murmurar...— Anastasia – sinto alguém me balançar.
— Anastasia, cordeiro filha – você está tendo um pesadelo – a voz suave de mamãe me chama.
Abro e fecho meus olhos assustada tentando compreender onde estou.
— Calma filha você está em segurança – me embala em seus braços. Choro mais uma vez. Porque estão fazendo isso comigo. Eu não entendo.
— Calma Ana vocês vão encontrar nossa pequena eu tenho certeza disso – minha mãe não perde a esperança.
— Eu... eu não entendo mãe porque estão fazendo isso comigo – fungo nos braços daquela que me deu a vida.
— Anastasia certamente eu não posso te responder isso filha, toda via para cada coisa que acontece em nossa vida há um propósito – me aperta em seus braços.
— Qual é propósito disso tudo? – pergunto.
— Eu não sei, mas creio que em breve você vai descobrir – beija meus cabelos — Entretanto você precisa reagir Anastasia você está sendo egoísta – como ela pode ser tão dura comigo assim. Me solto de seus braços e encaro seus olhos azuis iguais aos meus.
— Mãe eu estou sofrendo como a senhora pode me julgar dessa forma – franzo o cenho.
— Eu sei que você está sofrendo. Todos nós estamos, toda via não é mais só a Phoebe quem depende de você – leva sua mão ao meu ventre.
— Eu não consigo – murmuro as lágrimas inundando meus olhos.
— Você precisa fazer um esforço extra e lutar Anastasia, é a sua família que esta em jogo – segura minhas mãos entre as suas e me olha nos fundo dos olhos.
Fecho meus olhos digerindo as palavras de mamãe. Christian e esse novo bebê também precisam de mim. Preciso reagir, preciso lutar.
— Eu vou tentar ser mais forte – murmuro as palavras.
— Esse pesadelo vai acabar e vocês vão ser muito felizes – minha mãe é uma rocha.
— Que assim seja mãe – murmuro me jogando mais uma vez em seus braços. Chorando refletindo, e se o pior acontecer, Christian e esse bebê ainda sim vão precisar de mim. Empurro esse pensamento de lado. Eu vou ter minha família junto novamente. Eu preciso disso. Eu quero isso – nós vamos encontra-la – digo a mim mesma mentalmente.
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Uma Nova Chance Para Amar
FanfictionAté que ponto um homem pode ir por um amor? Christian seria capaz de sofrer em prol da felicidade do grande amor de sua vida? Ana se dará ao direito de amar mais uma vez? Seria ela digna de ter sua perda superada através da descoberta de um novo am...