53 | Our after-party.

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⠀⠀— Aonde estamos indo? — Nina ri, correndo comigo.

⠀⠀— Vamos dar um passeio. — Também rio.

⠀⠀— Vamos mesmo fugir? — Ela diz ofegante, assim que paramos.

⠀⠀— Ainda vamos fugir muitas vezes enquanto estivermos juntos. — Afirmo, sorrindo.
 
 
Adentramos ao carro e eu decido ir a um lugar especial. Muito especial.
Dirijo até o final do lago, onde contei para a Nina que gostava dela. Foi ali que ela soube que eu era louco por ela. Foi um dia louco, que envolveu muito choro, fuga e uma carta. Uma linda carta que ainda tenho guardada e que leio quando gosto de lembrar do início.
 
 
⠀⠀— O que vamos fazer no lago? — Nina diz, saindo do carro.

⠀⠀— Nadar. Pegue os cobertores que estão aí atrás. — Digo e Nina o faz. Ela me entrega um dos três. Pego sua mão para guiá-la pela floresta.

⠀⠀— Sinto dizer, mas não vou nadar.— Ela segura a barra do vestido.

⠀⠀— Por quê? — Franzo o cenho. Logo, chegamos à beira do lago.

⠀⠀— Bem, só tenho uma calcinha por debaixo do vestido. — Ela diz, envergonhada. Eu tento, mas meu corpo se acende. — Nem comece, seu tarado.

⠀⠀— Está com vergonha de mim? — Rio. — Usou esse decote à noite toda e me fez penar para não olhar. Vou só ver mais um pouco que isso.

⠀⠀— Esse vestido ao menos favorece os seios que eu não tenho.

⠀⠀— E é perfeita assim. — Sorrio. — E seu corpo é maravilhoso. Que corpão!

⠀⠀— Você fica dizendo essas coisas e me iludindo.

⠀⠀— Não são tão sincero assim com mais ninguém. — Sou sincero ao dizer. Nina só simplesmente sorri.
 
 
Esticamos duas das três mantas e deixo a terceira ali por cima. Tiro meus sapatos e meias. Ela hesita. Tiro minha calças. Ela ainda hesita. Tiro minha blusa. Ela ainda hesita.
 
 
⠀⠀— Não consigo pensar quando você esta semi-nu bem à minha frente. — Ela revira os olhos e eu rio.

⠀⠀— Depois eu sou o tarado. — Semicerro os olhos. — Eu entro e me viro enquanto você tira a roupa. Quando entrar, não vai dar pra ver nada. — Sugiro, colocando o pé na água. — A água não está nem gelada. Está morna e incrível.

⠀⠀— Ou eu posso ficar aqui, sentada, conversando com você. — Ela diz, quando já estou dentro da água.

⠀⠀— Sabe que uma hora vai entrar. — Mergulho. — Eu te empresto minha blusa pra voltar, mesmo sabendo que você não vai me devolver.

⠀⠀— Isso é calúnia, Adam Collins.

⠀⠀— Claro que é, Davis. Claro que é. — Reviro os olhos. Ela não diz nada por um tempo, só fica de pé, com os olhos semicerrados.

⠀⠀— Ok, eu entro. Mas não vai olhar, ok? — Ela se rende e fico feliz por isso.— Preciso que abra o vestido.

⠀⠀— Você nunca resiste. — Saio da água.
 
 
Nina tira seus sapatos e suas meias e se levanta. Vira-se de costas para mim e deslizo o zíper do seu vestido.
 
 
⠀⠀— Agora pode voltar para a água e feche os olhos. — Ela diz, ainda segurando o vestido para que não caia.
 
 
Faço o que ela pede; respeito suas vontades. Fecho meus olhos e quando vejo, Nina já está na água. A mesma cobre até seu ombros e seu cabelo está molhado. Nina é maravilhosa.
 
 
⠀⠀— Não está tão morna assim. — Ela se aproxima.

⠀⠀— Claro que está. — Rondo sua cintura com meus braços. — Nina Davis, tenho uma pergunta importante.

⠀⠀— Diga. — Ela cola nossos corpos. Seus seios ficam contra meu tronco e eu estremeço.

O Silêncio Entre Nós Onde histórias criam vida. Descubra agora