Capítulo 10 - Aeroportos

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São sete e meia da manhã e eu estou completamente exausto enquanto o senhor radiante está completamente sem sono. Eu não consigo deixar de sorrir ao ver que ele dormiu muito bem essa noite. Depois de ter quase me forçado a ter feito sexo dentro do banheiro do aeroporto, a última coisa que quero é ter mais problemas, ou melhor ter minha ferida quase totalmente cidade de duas semanas em repouso volte. Agora não está doendo tanto assim, somente as fisgadas quando toca. Nunca vi o aeroporto internacional do Rio de Janeiro - O Galeão - tão silêncio, porém tão movimentado. O chão era feito se algum tipo de mármore chapiscado preto, branco e cinza bem encerado que dava para ver como a luz de fora batia no chão e refletia no teto branco. O salão era bem iluminado. As cores neutras e sem rejeitar a sua glória embelezada.

- Senhor Casa Blanca, por aqui por favor. - um homem de meia idade, pele dourada, artificialmente, uniforme aeronáutico com quatro faixas amarelas em seus ombros, o chamou.

Eu caminhava atrás deles, puxando minha mala sobre rodinhas, tentando de alguma forma ouvir sua conversa. Como ele consegue? De um Carlos distraído para um executivo da Genesis sério. Mal pisquei meus olhos e ele estava ali, conversando sobre... Sobre... Algo particular...

- Sim... Seu avião particular já está pronto e somente falta a ordem da decolagem que devem acontecer a alguns minutos. - concluiu o homem comandante.

- Ok! Já entraremos. - Com um aceno de cabeça, Cadu virou-se para mim, me encarando como se estivesse algo de errado comigo e havia sim!

- Avião particular?! - indago, não querendo, mas já deixando meu inquisidor sair em minha voz com brutalidade.

- Sim, a menos chances de sairmos machucados e/ou mortos. Também não gosto de me misturar a multidão. - ele cruzou os braços e me encarou como se viajar com outras pessoas fosse algum tipo de problema.

- Você não gosta é de pessoas, anti-social. - rebati, cerrando meu cenho para ele.

- Pode se dizer quem sim, moleque. Detesto qualquer tipo de ser humano. - ele rir de deboche, virando-se para me ignorar. - Agora vamos, temos um vôo particular.

"Aaaah! Que raiva desse imbecil!" Eu sigo ele batendo minhas pernas como se eu fosse algum tipo de criança pirracenta.

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O avião era médio para que coubecem pelo menos 5 pessoas. Ele mal podia ficar em pé direito. Ele se dispôs a por minha mala em uma das cabines acima de minha cabeça e logo se sentou a minha frente. Eu não podia parar de admirar aquele avião cilíndrico aerodinâmico. Branco por fora e bege com marrom madeira por dentro. Era tudo tão sensacional, romântico eu diria até.

- Está gostando?

"Ai droga! Me pegou desprevenido!", sorrio de leve, envergonhado por ser pego no flagra. Mas não posso negar eu amei.

- Sim... Estou gostando. - viro meu rosto para a janela, onde consigo ver a pista de decolagem.

Um som ensurdecedor de motor impulsionando algo para frente com extrema velocidade surge do nada e segue em direção a piada de decolagem até sumir do meu campo de visão. Era um avião.
"Detesto qualquer tipo de ser humano..."
"Amo você Guto..."

Agora fiquei confuso... O que ele quer de mim? Ele realmente me ama ou está brincando comigo?

- Senhores passageiros, por favor coloquem os seus cintos de segurança. Nosso vôo destino a Madrid partirá agora mesmo.

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