CAPÍTULO 18

337 29 48
                                    

Dois anos depois...

Vinicius

— Cara, para de ser teimoso, o Pedro já disse que assim não vai dar certo! — Daniel resmunga segurando o meu braço. Estou na faculdade, no laboratório com, agora só o Daniel, já que o Pedro se estressou e foi tomar um ar.

— Não estou fazendo nada de errado! — Exclamo perdendo de novo a paciência. — Eu só disse que ele não está ligando.

— Não foi só isso. — Daniel pega o pequeno robô da bancada e me mostra todo o emaranhado de fios dentro. — Os fios ficaram na sua responsabilidade, Vinicius! Além de demorar quase quatro meses para fazer isso, você ainda fez errado caramba! É de se estressar mesmo!

— Beleza, desculpa ok? — Suspiro e passo a mão pelo cabelo. Não sei o que está acontecendo comigo, mas espero que passe logo. — Não sei o que está acontecendo...

De repente a porta é escancarada é um Pedro descabelado entra, parece até um touro revolto.

— Pois eu sei, você está assim todo desligado, chato e teimoso, desde que sua garota foi embora. — Exclama quase aos gritos. — Mas eu vou te falar uma coisa, a culpa não é nossa e nem das pessoas a sua volta, muito pelo contrário, é toda sua e somente sua. Se quer voltar ao que era, por favor para de orgulho idiota e faça algo que preste, e rápido. Pois se você acha que vai se formar estando desse jeito, sinto lhe informar que não vai não. — Respira pelo nariz, deixando amostra sua raiva. — Agora vê se toma jeito, leva esse robô pra casa e o arrume, nossa apresentação é daqui a uma semana e você não faz nada mais que reclamar da vida, pelo amor de Deus, Vinicius, tem gente pior que você!

Assim como entrou, Pedro saiu como um raio.

— Porra! — Daniel murmura chocado ao meu lado.

Por fim, quando levanto decidido, não sei do que, mas decidido. Daniel me segura pelo braço.

— Cara, leve em consideração, Pedro está estressado e...

— Tudo bem, Daniel, não vou bater ou xingar ele, se é o que está esperando. — Tiro sua mão do meu braço e começo a juntar minhas coisas. — Pedro está certo, isso tudo é culpa minha, não quero prejudicar vocês por um erro meu, por isso, vou resolve-lo.

— Então tá... — Diz ainda desconfiado e junta suas coisas e a de Pedro. — Só não faça mais merda!

Alguns segundos depois, eu e Daniel saímos do campus e vamos para o estacionamento. Avistamos Pedro, sentando em baixo de uma árvore afastada.

— Eu vou lá, — Aviso Daniel que arregala os olhos e depois me encara desconfiado. — calma, só vou me desculpar. Larga de ser bundão, Daniel!

— Sou calteloso, é diferente. — Daniel murmura andando ao meu lado. — Se não fosse por mim, você e Pedro viveriam aos murros.

— Que exagero! — Pedro exclama ainda sentado nos observando.

— Anda logo vocês dois, preciso ir pra casa! — Dani diz olhando a hora em seu relógio.

Me jogo ao lado de Pedro e Daniel senta do outro lado. Arranco um capim da grama.

— Foi mal, Pedro. — Digo amassando o capim na mão. — Estou sendo completamente inútil essas últimas semanas...

— Meses! — Daniel corrigi e reviro os olhos.

— Preciso me desculpar também, extrapolei um pouco. — Pedro coça a barba por fazer. — Se você está com problemas, eu não tenho que ficar te pressionando.

Qual Caminho Devo Seguir?Onde histórias criam vida. Descubra agora